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Maio 13, 2020

Meu nome é Boddy!

Como já dizia a música de Luiz Gonzaga: “minha vida é andar por esse País, para ver se um dia descanso feliz…” Essa é a descrição perfeita para Norberto Boddy, que adotou o estilo de vida ideal para quem tem e sabe aproveitar a vocação de um verdadeiro 4×4 de guerra (só que para o lazer)

“Hoje, me vejo como um ‘velhinho viajante compulsivo’, para quem o tempo e a vida foram generosos”.  O autor dessa frase é Norberto Boddy, um apaixonado por jipe de 68 anos que, teoricamente, mora em Florianópolis, SC… Isso porque ele passa a maior parte do tempo na estrada. “Prefiro a vida nômade de estrada”, afirmou esse professor aposentado.

Norberto Boddy

E essa profunda ligação com os veteranos 4×4 vem de muito cedo, desde os cinco anos de idade, quando “Boddy” (como é carinhosamente conhecido), já explorava o quintal da casa da avó, a bordo de um pequeno jipe de pedalar. Ele imaginava grandes aventuras… Foi quando tomou a decisão de adquirir um veículo deste gênero quando se tornasse adulto. “Por representar a liberdade e a independência, o Jeep sempre foi meu preferido. Principalmente, após ter feito algumas viagens com meu tio, que já os utilizava como instrumento de trabalho em meados de 1950”, contou.

Assim, em 1970 Boddy comprou o seu primeiro Jeep, tendo passado pela sua garagem até hoje, apenas três exemplares do CJ3A ou M38 (que são muito similares). “Gosto deles por serem despojados, robustos e confiáveis”, declarou ele, que apelidou seu carro de “Velho Joe”.

Norberto Boddy

Quando começou a se enveredar pelas estradas deste País – e até mesmo fora dele –, Boddy preparou o carro para que pudesse “morar” nele, e, para isso, algumas adaptações foram necessárias. Então, criou alguns espaços especiais tais como: geladeira, cozinha compacta, cama desmontável no interior e capota a prova de chuva, vento e poeira. “Eu mesmo a fiz manualmente, diante da dificuldade de encontrar profissionais dispostos a fazer um trabalho tão específico”, salientou. Na mecânica, a mudança mais radical foi a adoção de motor e caixa quatro marchas de um Jeep 1980.

Segundo o Boddy, as viagens são feitas aleatoriamente, de forma que cada aventura possa ser seguida da outra, ficando impossível de saber onde uma termina e onde a outra começa. Seu princípio de liberdade diz que é melhor não fazer programações muito rígidas, pois a vida está constantemente apresentando novas oportunidades.

Norberto Boddy

Depois de conhecer um pouco do perfil de Boddy, não é difícil perceber que ele prefere passeios onde a urbanização não se faça presente, priorizando espaços naturais. Por isso, histórias inusitadas não lhe faltam, mas ele destaca um momento que viveu na Praia da Daniela, em Florianópolis, em uma tarde brumosa de inverno. “Caminhava eu, lentamente pela praia, guiando o meu fiel e velho Joe em primeira marcha reduzida (assim, ele se desloca sem a necessidade de motorista). Ao final da caminhada, uns 300 metros depois, fui parado por um senhor que me disse: – ‘meu filho, eu já tinha visto cachorro, gato, papagaio e ate elefante amestrado. Mas jipe é a primeira vez’”, lembrou.

Para encerrar, Boddy cita que, das expedições que já realizou, a que mais gosta é a que faz para o Uruguai, onde esteve nove vezes e não se cansa. “Gosto do povo hospitaleiro, do estilo europeu, arquitetura clássica, vinho, cerveja e paisagem bucólica. Retornar para lá anualmente, tornou-se uma rotina agradável”, destacou.

Para contar todos os detalhes de suas aventuras, Boddy escreveu o livro “Um menino, um Jeep, um sonho”.

Por: Isis Moretti | Fotos: arquivo pessoal

Norberto Boddy

1 Comment

  1. Rui Reply

    Fotos simplesmente FANTÁSTICAS.
    Senhor Norberto Boddy é realmente um Ícone.

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