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Trilha Animal
outubro 7, 2020

O que fazer com seu melhor companheiro?

Na hora das trilhas e de viajar o que fazer com seu melhor companheiro? Levar junto! Este é o caso de alguns jipeiros apaixonados por seus carros e pelos seus cães

“Vamos viajar, descobrir trilhas novas?” Para um bom jipeiro as recomendações básicas: carro revisado, mecânica e suspensão em ordem, tanque cheio, pneus calibrados, malas prontas e, espera, falta alguma coisa… Um assovio e chega o que faltava: o cachorro. Enquanto alguns têm como companhia seu navegador e às vezes um zequinha, outros levam seus cães e fazem questão de consultar tudo para a viagem, até onde o animal vai dormir em hotéis e pousadas.

Antes de colocar os bichos nas aventuras é importante ficar por dentro de algumas exigências para o transporte de animais domésticos. Segundo o presidente da Associação de Clínicas Veterinárias de Minas Gerais, o veterinário João Carlos Toledo, os cães devem ser vacinados, no mínimo, contra a leishmaniose, raiva e tomar a polivalente. Além disso, João Carlos recomenda vermifugar o animal caso o destino seja o litoral, pelo menos um mês antes da viagem, contra a dirofilária, um parasita transmitido por mosquito e comum em praias. Assim como os humanos, os cães também têm restrições quanto ao uso de medicamentos para evitar enjôos: “Algumas raças são mais sensíveis para o uso de drogas. Vale ressaltar a importância de procurar um veterinário para saber qual a droga e dosagem certa para cada biótipo”, afirma João Carlos.

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Outras pragas também atrapalham no cuidado com os animais. O advogado mineiro Bernardo Clementino, dono de um Jeep, parou de levar seu Schnauzer, que leva o mesmo nome do carro, para as trilhas por causa das pragas: “Numa vez ele pegou muito carrapato e tive de mandar fazer uma raspagem para tirar tudo. O “Jeep” adora me acompanhar. É o primeiro a entrar no jipe. Fomos para trilhas durante cinco anos, mas depois das pragas não o levei mais”. O veterinário João Carlos indica que, para esse problema, existem remédios injetáveis, os mais eficazes, e comprimidos, mas todos têm que ter acompanhamento médico antes e depois da trilha.

Niva

Aqueles que fazem expedições e viagens longas precisam observar algumas normas internacionais: emitir guia de transporte no Ministério da Agricultura, um atestado de saúde emitido por um veterinário e o cartão de vacina do cão com todas em dia. Para o casal de Juiz de Fora/MG, donos de um Niva 1993, Edna e Marcos Infante, que moram no Chile há dez anos, no início era mais difícil passar pelos países da América do Sul com os cães: “Em cada fronteira que atravessávamos, as exigências eram diferentes, muita burocracia. Depois do Mercosul, todos os documentos nos países são os mesmos exigidos até fora da América do Sul”, conta Marcos. Mas será que eles agüentam tanto tempo viajando? “Logo quando mudamos levamos nossos três cães da época, todos da raça Fox Terrier. Eles eram novos e foram tranqüilos, sem remédios”, diz Edna. Atualmente o casal e o filho Vitor de cinco anos dividem o lar com Pretin de apenas um ano.

Cherokee

Para quem acha que bicho grande dá trabalho, a dentista de Curitiba, Luciana Filipak, não pensa assim e atualmente está acostumada com o tamanho de Tequila, uma Rottweiler de 45 kg. Luciana nos conta que a cadela fica solta e quieta na parte de trás de seu Cherokee, entre os bancos e, nas viagens longas, fica quieta e pede para descer: “Ela me cutuca com o focinho e paro o carro para Tequila ficar à vontade na grama. Já nos acostumamos uma com a companhia da outra. Afinal, ela viaja comigo desde os três meses de idade”. A dentista disse também que viajou cerca de 700 quilômetros de distância para uma fazenda com a cadela e que não tem dificuldade para colocar Tequila dentro do carro:

“Só comento: vamos passear? E ela já espera do lado do jipe para abrir a porta!” O tamanho só assusta os funcionários de pedágios quando a cadela começa a latir, segundo a dentista.

Tamanho também não é documento para o casal paulista, Marta Ribeiro e Ricardo Borbon. Os dois viajam sempre para as trilhas com Mythus, um cão da raça Samoieda, com cinco anos de idade. O cão também viaja desde filhote e vira atração para os amigos nas trilhas. Marta e Ricardo possuem um Engesa 1988 e também fazem parte do Clube Land Rover. Nestas idas e vindas para vários encontros, as pessoas acham sensacional o companheiro do casal: “Uma vez na estrada, Mythus estava com a cabeça na janela enquanto viajávamos à noite, quando vimos um flash achando que era radar, mas eram pessoas em outro carro batendo foto dele”, conta Marta.

Land Rover Mythus

Além de ficar atento quanto aos cuidados com a saúde dos amigos fiéis, os jipeiros devem ter cuidado no transporte destes animais. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, não existe multa para o transporte de animais domésticos, apenas é recomendado que o animal seja transportado em gaiolas próprias e seguros, evitando qualquer distração durante a viagem. Depois de todos os cuidados tomados, basta dizer boa trilha para os zequinhas caninos!

Até no nome

Todo mundo já sabe que uma das teorias sobre o nome Jeep vem do animal de estimação do Popeye, o Eugene The Jeep. É fácil entender a comparação afinal nossos jipes são como verdadeiros companheiros de aventuras. Por isso é comum, os 4×4 ganharem nomes de animais tanto pelos fabricantes – e aí temos casos como CBT Javali e Fiat Panda, como dos proprietários e aí a lista vai longe: Calango, Sapão, Vitara Panda, Samurai SpeedPorco, Hilux Touro, Samurai Tatu, CJ Capivara, Pathfinder Cachorra…

Jeep

Mas e quando a coisa inverte? Está cada vez mais comum ver os bichos de estimação ganharem nomes ligados ao off-road. E nesse aspecto a gama é enorme. Nomes como ‘Canastrinha’ para o pequeno Chihuahua que acompanhou aventuras de Jurandir Lima e ‘Trilha’ que acompanhou Luís Salvatore em seu Troller. Bernardo Clementino também não deixou por menos e batizou seu Schnauzer com o que ele mais gosta: “Jeep”. E tem direito até a plaquinha na coleira (foto).

Por: Caroline de Paula | Fotos: arquivo pessoal

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