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Curtindo as belezas naturais do Nordeste
A idéia da Expedição Natal-Fortaleza – Rumo ao Ano 2000 surgiu em julho de 1999, durante uma viagem feita pelos mineiros Tito Roquete e Alexandre Drumond, acompanhados por suas famílias, à Chapada Diamantina, no estado da Bahia. A idéia inicial era fazer uma viagem longa, com vários carros. Em agosto do mesmo ano, já com novos integrantes na empreitada – Carlos Rocha e Gerardus Lima -, uma reunião foi marcada para que fosse decidido o destino da tão sonhada viagem. Em um ponto todos estavam de acordo: ela seria realizada na virada de 99 para 2000!
Chapada dos Guimarães, Sul do Brasil, litoral do Nordeste… Várias alternativas foram cogitadas até que o grupo chegasse a um denominador comum: fariam o trecho Natal-Fortaleza fora de estrada, percurso já amplamente divulgado em diversas publicaçães especializadas em turismo e esportes de aventuras. Entusiasmados com a viagem, os integrantes da Expedição resolveram dar um nome ao grupo – Minas 4 -, que mais tarde veio ainda a ganhar mais um membro: Márcio “Batata”. Durante os meses que se seguiram, várias outras reuniões foram realizadas para que fossem resolvidos detalhes como reservas de hospedagem, percurso a ser seguido, entre outros. Finalmente, em 26 de dezembro, o grupo de 21 pessoas partiu, a bordo de três Land Rover Defender 110, um Suzuki Vitara e uma picape Mazda B2500, rumo a Natal-RN.
Natal, a primaira base
A viagem até Natal foi dividida em três etapas: BH-Vitória da Conquista / Vitória da Conquista-Paulo Afonso / Paulo Afonso-Natal. Durante os cerca de 2.300 quilômetros que separam a Capital Mineira da Potiguar, o grupo teve a oportunidade de conhecer alguns dos mais belos cenários naturais do Brasil, como o canyon do rio São Francisco, entre outros.
Durante os quatro dias em que permaneceu em Natal, o Minas 4 aproveitou para conhecer todos os “encantos” da região. No primeiro dia, orientados por um guia local que acompanharia o grupo durante toda a viagem, os viajantes seguiram para o litoral norte do Estado, em direção a Maracajá, onde aproveitaram para dar um mergulho em um verdadeiro aquário natural, junto a bancos de coral, a cerca de 10 quilômetros da costa. Um dos pontos altos do percurso até a pequena cidade foi a travessia de um braço de mar, feita por meio de minúsculas balsas, que mal cabiam um veículo por vez.
A famosa praia de Genipabu foi o destino no segundo dia. Um percurso completamente off-road, sempre por praias e dunas, levou os mineiros para conhecerem as atrações turísticas do local: o Esqui-Bunda (descida de duna em uma pequena prancha de madeira), o Aero-Bunda (descida em pequenas cadeirinhas, penduradas em uma corda) e um inusitado passeio de dromedário pelas dunas, com direito a turbante e tudo mais.
Faltava ainda o litoral sul. Lá, no terceiro dia, o grupo se divertiu em um parque aquático a beira mar, conheceu o maior cajueiro do mundo e aproveitou para fazer compras em uma tradicional feira de artesanato existente no local. No quarto e último dia, todos permaneceram na Capital, descansando e fazendo os preparativos para seguir viagem.
Tibau, a segunda base
Tibau fica distante 300 quilômetros de Natal, na fronteira entre os estados do Rio Grande do Norte e Ceará. O percurso foi feito completamente fora de estrada, através de dunas, praias e trilhas que, segundo os membros do grupo, formaram um dos trechos mais belos de toda a Expedição. O Deserto de Alagamar foi apontado como um dos pontos altos deste trecho: trata-se de uma região que fica alagada durante determinadas épocas do ano, mas que vai secando aos poucos, até se tornar um verdadeiro deserto.
Tibau hospedou os integrantes do Minas 4 por apenas dois dias. No primeiro, o grupo seguiu até Ponta Grossa, já no Ceará, onde se surpreendeu com o local conhecido como Apertado da Hora. O estranho nome do lugar faz alusão ao exíguo período de tempo de que se dispõe para atravessar um penhasco que entra mar adentro, antes da subida da maré, que ocorre com hora marcada, segundo os moradores locais. O retorno a Tibau teve que ser feito por estradas vicinais, uma vez que a maré subiu a ponto de impossibilitar a passagem dos veículos pela praia.
A paradisíaca Canoa Quebrada, a histórica Aracati e o pequeno município de Fortim foram os locais visitados no segundo dia. Na manhã seguinte, o comboio se dividiu. Drumond e “Batata”, com seus respectivos tripulantes, seguiram para o sul, rumo a João Pessoa, Porto de Galinhas, Salvador e Itacaré; o restante do grupo seguiu para o destino final da Expedição – Fortaleza-CE -, onde permaneceu por dois dias, visitando os principais pontos turísticos da região, como o Beach Park, entre outros.
A volta
Os 2.600 quilômetros entre Fortaleza e Belo Horizonte foram percorridos em dois dias, com pernoite em Feira de Santana-BA. O grupo chegou à Capital Mineira no dia 09 de janeiro de 2000, depois de 15 dias de viagem e mais de 7 mil quilômetros rodados.
Dados complementares sobre a expedição
Duração: 15 dias.
Quilômetros percorridos: 7.200.
Litros de óleo diesel gastos: 3.600.
Litros de gasolina gastos: 720.
Estados percorridos: Minas Gerais, Bahia, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.
Maior percurso em um único dia: 1.300 km (de Feira de Santana a Belo Horizonte).
Preço médio das diárias em hotéis e pousadas: 80 Reais.
Equipamentos de navegação: GPS III Garmin / Infoguia (Guia Rodoviário Multimídia).
Equipamentos de comunicação: 05 rádios PX, 03 rádios PX portáteis (HT), telefones celulares.
Equipamentos de apoio: 03 guinchos Warn XD 9000i, 01 cambão portátil, 02 patescas, 05 cintas de reboque, 01 caixa de ferramentas.
Apoio: kit de peças básicas, fornecido em esquema de consignação pela Terranova, concessionária Land Rover de Belo Horizonte.