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Engesa Fase 1
Bruno Mondin, Presidente do Jeep Clube de Campinas, dá sua opinião sobre o jipe brasileiro da década de 80
Ex-proprietário de um Jeep Willys 1970, Bruno Mondin (34) conhece bem o que o off-road pode oferecer. Bruno trocou seu Willys por um Engesa Fase 1 ano 1987 e vem fazendo modificações e melhorias nele. O 4×4 ganhou pneus BF 33”, lift de quatro polegadas, motor Chevrolet 4.1 MPFi, direção hidráulica, bloqueio e caixas de transferência e de marcha da Toyota.
Bruno destaca que os pontos fortes do Engesa são o conforto e espaço interno, a performance em trilhas, robustez, e o baixo custo com manutenção. “O espaço interno é muito bom e no meu caso foi decisivo já que tenho 1,90 m”, admite. Segundo ele, o conforto no Engesa é considerável e comenta: “é um veículo com suspensão confortável levando-se em consideração outros jipes”. Bruno ainda diz que a direção hidráulica, o freio servo assistido e a embreagem hidráulica deixam o carro fácil de guiar aproveitando melhor a boa estabilidade.
A maior parte das peças vem de picapes como a C20 e D40, bem fáceis de achar. A lataria é em chapa reta e facilita o trabalho de funilaria. Bruno reconhece que algumas peças fabricadas pela própria Engesa – como é o caso da suspensão e caixa de transferência – são difíceis de achar, mas completa alegando que foi “adaptando outras peças no lugar como no caso da caixa de transferência aproveitada da Toyota e ficou melhor que a original, pois agora tenho reduzida”.
O custo de manutenção é baixo e não requer mão-de-obra especializada. Segundo Bruno, o Engesa precisa apenas de uma boa manutenção de rotina, normal para um 4×4. “Como todo carro utilizado em trilha, é preciso uma manutenção preventiva com aperto de parafusos, engraxamento e verificação dos rolamentos a cada três meses.”
Em uso urbano, Bruno atesta que o tamanho atrapalha. Além disso, o consumo elevado e a capota de lona não são ideais para o dia-a-dia. Estrada também não é seu habitat. “Embora atinja boa velocidade, de até 120 km/h, não possui conforto interno para grandes deslocamentos”. A economia também não é favorável por possuir um motor grande a gasolina e um peso alto (1.800 kg).
É na trilha que o Engesa mostra o seu valor. “Em trilhas pesadas, dificilmente fico agarrado onde outros jipes passam e, pelo contrário, é normal o Engesa passar e outros ficarem”, comemora Bruno. A suspensão, segundo ele, é excelente, deixando o carro sempre com as rodas em contato com o chão.