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Feroza Feroz
Aos que dizem que o jipe da Daihatsu não consegue ser tão “feroz” quanto o seu nome sugere, está aí a prova em contrário: um super Feroza, capaz de superar os piores desafios off-road
É isso mesmo! Esse imponente 4×4 é um Daihatsu Feroza, um daqueles “jipinhos” japoneses – como dizem alguns – que desembarcaram no Brasil em meados dos anos 90. Trata-se de um modelo SX, fabricado no ano 1994, pertencente ao paulistano Sérgio Vidal de Sá – o “Fumaça” -, de 51 anos.
Administrador de empresas, Fumaça conta que o seu interesse pela mecânica vem desde a infância. E foi este interesse que o fez transformar na supermáquina o Feroza adquirido há sete anos – aliás, adquirido após a venda de um CJ5 1972, também todo equipado. Fumaça faz questão de ressaltar que, apesar de satisfeito com o carro, a configuração atual está longe de ser a definitiva: “As modificações no veículo nunca terminam, sempre existe algo novo para ser feito”, diz. “Venho alterando alguma coisa desde a aquisição do jipe, sempre tomando muito cuidado para não exagerar, nem desarmonizar o conjunto”, completa.
Então vamos conhecer a “fera”? A primeira coisa que se nota ao bater os olhos no jipe do Fumaça é que ele é bem mais “parrudo” e imponente que um Feroza original, resultado do levantamento, em 10 cm, do conjunto carroceria, motor e transmissão. O carro ganhou jumelos especiais e a suspensão dianteira sofreu nova calibragem em sua altura. Na parte traseira, molas feitas sob medida completam o conjunto. As rodas originais, de 15 polegadas, foram substituídas por rodas de 16 polegadas, retrabalhadas, e calçadas com pneus especiais para off-road, com enormes cravos laterais, que dão um aspecto ainda mais robusto e agressivo ao carro.
O motor e a transmissão são os originais do Feroza, tendo como única modificação a instalação de bloqueio no diferencial dianteiro, item que, em conjunto com a nova suspensão e os pneus grandes e de desenho agressivo, melhora bastante a performance do jipe em condições extremas.
Outros itens, visando ao melhor desempenho e à proteção do carro, também foram instalados por Fumaça: nas laterais, o Feroza ganhou estribos e estrutura tubular externa, para protegê-lo dos impactos comuns em trilhas. Tubular também é o novo parachoque dianteiro, que acomoda um guincho elétrico (Warn 9000) e faróis auxiliares.
No que diz respeito ao visual, além das modificações já citadas, que têm impacto direto sobre este quesito, algumas reestilizações merecem destaque, como as modificações no capô – que recebeu uma tomada de ar central e foi suspenso na parte posterior, para facilitar a liberação do calor -, e a substituição das lanternas traseiras.
A configuração interna do veículo foi mantida original, acrescida de alguns acessórios, como rádios PX e PY, hodômetro especial, e detalhes de acabamento.
Ao contrário do que muitos possam imaginar, este jipe não foi preparado para disputar provas off-road; trata-se apenas do resultado da paixão de um aficionado por mecânica e fora-de-estrada. “Nunca utilizei o veículo em competições; somente para lazer, passeio e trabalho. O objetivo básico das modificações sempre foi a utilização do jipe em trilhas pesadas, onde ele sempre se mostrou muito competente”, afirma Fumaça, que ainda conta que suas principais façanhas a bordo do “companheiro 4×4” foram as várias trilhas dificílimas já percorridas, daquelas com hora para entrar, mas sem dia para sair. “Porém, tudo sempre superado!”, garante.
Sérgio Fumaça aponta a relação custo x benefício como a principal vantagem que o jipe da Daihatsu apresenta em relação aos seus concorrentes diretos no segmento dos veículos 4×4. “O Feroza é um jipe de baixo valor de mercado e oferece um pacote de benefícios que poucos carros possuem – como, por exemplo, regulagem da pressão dos amortecedores, de fábrica, entre outros”, explica.
Ficha Técnica
Motor
1.6 16 válvulas, dianteiro, longitudinal, quatro cilindros em linha. Cilindradas: 1.589 cm3
Potência: 95 cv (a 5.700 rpm)
Torque: 13,1 kgfm (a 4.800 rpm)
Transmissão
Câmbio manual com 5 marchas à frente e uma à ré; tração traseira com 4×4 e redução engatável por alavancas, bloqueio de diferencial dianteiro; roda-livre manual.
Suspensão
Dianteira: Independente com braços triangulares duplo e amortecedor regulável (original Daihatsu).
Traseira: Eixo rígido com molas semi-elípticas fabricadas sob medida.
Rodas
Aro 16, de Toyota Bandeirante, com off-set alterado (inversão do centro da roda deixando o off-set negativo) e adaptação na furação.
Dimensões e Capacidades
Largura: 1,635 m
Altura: 1,720 m
Comprimento: 3,895 m
Peso: 1.650 kg
por: Humberto Mainenti
fotos: Noemi Luz
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