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Veja porque o Bandeirante fez história no país
O Bandeirante surgiu para ser forte e robusto, cresceu nessa linha e hoje, meio século depois, continua sendo o preferido para grandes aventuras
Podemos começar essa matéria afirmando que, no mínimo, o Toyota Bandeirante é um JIPE com todas as letras maiúsculas. Como os portugueses costumam dizer, um legítimo ‘puro e duro’. O jipe Bandeirante surgiu no Brasil em 1958 e logo se tornou um dos off-road favoritos por aqui. E ainda é até hoje, meio século depois. O sucesso não aconteceu só no País, mas em várias partes do mundo, o Land Cruiser, como é conhecido lá fora, foi a porta de entrada para a marca japonesa.
A razão para esse sucesso é simples. O Toyota Bandeirante tem identidade e personalidade bem definidos. Nasceu com vocação para o trabalho pesado e manteve essa característica sempre. Mesmo com o crescimento da gama oferecida com picapes, cabines-dupla entre outros, a linha adotada pela Toyota foi constante. É por isso que o 4×4 da Toyota é tão usado para desbravar o País – seja no trabalho agrícola ou nas mãos dos aventureiros. Diga-se de passagem, esse é seu grande trunfo. O Bandeirante, inclusive fazendo jus ao nome, é ideal para longas expedições e incursões a lugares inóspitos. Possui uma confiabilidade excelente, mecânica relativamente simples e facilidade de se encontrar peças de reposição. Aliado a isso, é um carro que tem um comportamento excepcional em estradas de terra além, é claro, do espaço interno (no caso do veículo testado, um Bandeirante longo capota de aço).
Para trilhas pesadas, o 4×4 japonês não faz feio, mas também não fica completamente à vontade. Seu peso elevado e seu alto centro de gravidade são fatores que complicam um pouco em atoleiros e inclinações laterais. O ótimo torque em baixa do motor ajuda bastante no controle do veículo, mesmo com o peso de duas toneladas para carregar.
A suspensão, assim como todo o resto do veículo, foi projetada para propiciar robustez, mesmo que para isso tenha que comprometer o conforto. Com eixos rígidos e feixe de molas é o sistema mais robusto e simples. Todo o carro é assim. A tração 4×4 é acionável por alavanca no assoalho e com roda-livre manual. O interior é simples, sem luxo e possui apenas o necessário.
Na verdade, todo o Bandeirante foi pensado pela Toyota com o conceito fundamental de um jipe: espartano, robusto e sem ‘frescuras’. Isso deu a merecida fama ao Bandeirante e fez dele o companheiro ideal de viagem, perfeito para uma fatia de mercado interessada em continuar desbravando o mundo. E como dizem, “todo Toyoteiro é meio nômade”.
Um pouco de história
A história de mais de 40 anos do Bandeirante começou no início de 1958, quando passou a ser montado em São Paulo, ainda com o nome de Land Cruiser. Mais tarde, em 1962, foi nacionalizado e passou a ser fabricado pela Toyota em São Bernardo do Campo. Na época, além do nome Bandeirante, ganhou motor diesel da Mercedes-Benz (OM326) que foi substituído em 1973 pelo OM314 e, posteriormente, pelo OM364 para finalmente, em 1994, receber o motor Toyota 14B que o equipou até o fim da produção. Outras evoluções acompanharam o processo como o câmbio, mas esteticamente o Bandeirante manteve suas linhas clássicas até deixar de ser produzido, 104 mil unidades depois, no final de novembro de 2001.
o primeiro motor mercedes na verdade era o om 324 e nao om326