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CJ-5 no Comando

Um Jeep com corpo de fibra, alma de Bandeirante e um coração de quase 300 cavalos. É a receita de Eduardo Titotto do Jeep Clube Comando Oeste

Muitos usam o nome Jeep para designar todo e qualquer veículo 4×4. O termo passou a possuir uma simbologia toda especial. Quando encontramos um legítimo exemplar como este CJ-5 entendemos perfeitamente porque Jeep é sinônimo de off-road.

O carro, de Eduardo Titotto, integrante do Jeep Clube Comando Oeste, é um caso exemplar da funcionalidade dos antigos Jeep e de quanto estes modelos têm recebido melhorias e atualizações. Receitas conhecidas como a utilização do motor GM 4.1 e o uso de eixos da picape F-75, e outras não tão comuns como a colocação da redução de Toyota Bandeirante, foram utilizadas e o resultado foi um Jeep bem estruturado e confiável.

A vontade de ter um jipe começou através de um amigo mecânico que já era praticante de off-road e passou seu entusiasmo para Eduardo. Assim que ele teve condições financeiras, partiu à procura de um Jeep. Após um período de buscas, principalmente pela internet, Titotto achou o carro que queria: um CJ-5 ano 1978 em estado deplorável! Segundo Eduardo, esta condição, aliada ao fato do carro já estar com carroceria de fibra de vidro, era ideal para ele começar a reforma, do jeito dele, imediatamente. Até porque, na condição que estava, nem dava para andar no Jeep. Depois de quase um ano de ‘estaleiro’, o Jeep voltou a rodar todo reformado (pela Poka Off-Road), mas ainda com mecânica original OHC de quatro cilindros.

Seis meses depois, em uma trilha em Alphaville, o motor começou a rajar com a entrada de barro. Com os orçamentos de retífica, Eduardo chegou à conclusão que seria melhor partir para uma nova fase de upgrade no CJ. Mesmo gastando mais por causa das adaptações de caixa e reduzida, a vontade de ter um motorzão GM 4.1 MPFI falou mais alto. Junto com o motor, veio o câmbio Clark 2215 de cinco marchas, original da Chevrolet C-20, instalado junto com a reduzida original Willys (adaptações feitas pela FábioCar e Josewal). Com este conjunto foram três anos de trilha, vários acessórios acrescentados e duas quebras na caixa de transferência.

Cansado de visitar o mecânico por causa da T-case, Eduardo resolveu dar o próximo passo: substituição de caixa e reduzida pela da Toyota Bandeirante. Procurando os itens para compra, achou também os eixos da picape F-75. Resumindo, encostou novamente o Jeep (desta vez na Sollo 4WD) para fazer a nova suspensão SPOA com braços longitudinais e instalar a transmissão da Toyota. Para finalizar, pelo menos por enquanto, o jipeiro de Osasco/SP, fez nova capota (Coverland 4×4) e acrescentou o turbo.

Agora é esperar e ver o que vem pela frente já que, como o próprio Eduardo confirma, “às vezes acho que gosto mais de mexer do que andar de Jeep!”

Ficha Técnica

Motor
GM 4.1 MPFI turbo, seis cilindros a álcool
Turbo: Master Power .50 / .63 (1,2 de pressão)
Potência: 300 cv (estimado)

Transmissão
Câmbio Toyota (Bandeirante) com quatro marchas à frente e uma à ré; caixa de transferência Toyota Bandeirante (4×2 com opção de 4×4 e reduzida acionáveis por alavanca no assoalho)
Relação de diferencial: 3,91 (47 x 12)

Suspensão
Dianteira: Eixo rígido (de F-75), feixe de molas semi-elípticas (Bandeirante) por cima do eixo, triângulo (igual JPX) e amortecedores caminhão VW 6-90
Traseira: Eixo rígido (de F-75), feixe de molas semi-elípticas (Bandeirante) por cima do eixo, barras inclinadas e amortecedores caminhão VW 6-90

Freios
Dianteiro: Disco ventilado com pinça de S10
Traseira: Disco sólido com pinça de Kombi

Direção
Hidráulica (Chevrolet Opala)

Rodas e Pneus
Pneus General Mud 33×12,5R15

Consumo
Cidade: 2 km/l
Trilha: 2 km/l
Estrada: 3 km/l

Acessórios
Guincho Warn 4500 lbs, bancos concha reclinável San Marino, tanque de 70 litros do caminhão Mercedes 608, ponta de eixo traseira flutuante Ensimec

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