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Nelson de Almeida Filho
Encaramos o desafio de tentar resumir a trajetória de uma vida dedicada ao off-road. Saiba um pouco mais sobre Nelson de Almeida Filho, o fundador do Jeep Clube do Brasil
O paulistano Nelson de Almeida Filho (55) comprou o seu primeiro jipe em 1974. Foi o início de uma paixão que dura até hoje. O valente jipinho foi comprado de uma sucata de material do Exército, e a reforma durou cerca de 2 anos. “Quando comecei a reforma do meu Jeep, descobri que tinha comprado o primeiro modelo Jeep fabricado, um MB 1942. Então, ao invés de simplesmente montar um carro barato para meu transporte, levei dois anos para deixá-lo pronto, o mais próximo do original que eu conseguiria na época”, relembra Almeida.
Foi durante a reforma que surgiu a ideia do Clube. Conversando com outros proprietários de jipes, Almeida constatou que poderiam organizar um grupo que se reunisse em torno da paixão pelos 4×4. Mas a ideia se concretizou somente em 1981, durante o 1º Salão do Automóvel Antigo, realizado em São Paulo. O grupo de jipeiros ganhou um espaço para expor seus carros e, apresentando “joias” como um Jeep GPA (anfíbio), um Shwimmwagen e um Munga (DKW Candango alemão), entre outras, fizeram do estande um dos mais visitados da feira. Com logotipo criado pelo próprio Nelson de Almeida, baseado em seu MB 42, nascia o Jeep Clube do Brasil.
Em 1983, Almeida fundou a revista 4×4 & Pick-up, primeira na América Latina dedicada ao tema. Foi o início de suas atividades profissionais ligadas ao off-road. Em seguida, criou a Terra Promoções, que trabalhou no programa do Camel Trophy no Brasil e em levantamentos de ralis e organização de campeonatos de Autocross. A Terra Promoções foi também responsável pelo primeiro programa brasileiro de cursos de direção off-road e pelo primeiro Encontro Nacional, o Jeepickups. Como jornalista, escreveu para revistas da Itália, da Austrália, dos Estados Unidos e do Japão. Na década de 90, fundou a BORAC (Brasil Off-Road Adventure Club) e passou a se dedicar a viagens e expedições, além de aproveitar a chegada dos 4×4 importados ao País para oferecer serviços a montadoras e concessionárias, criando pistas de test-drive e cursos, fazendo eventos para imprensa, promocionais e outros, atividades a que ainda se dedica.
Almeida diz que a maior façanha de sua vida de jipeiro é ter conseguido sobreviver se dedicando exclusivamente à atividade, e ressalta o papel de sua esposa e dos filhos no sucesso de sua carreira: “Devo todo meu trabalho à compreensão e dedicação dessas pessoas.” Ele ainda aponta o que chama de “princípio da camaradagem” como o fator que mais o atrai no universo off-road. “Em qualquer canto de nosso país, jipeiro é sempre um amigo de que você pode dispor. Mesmo que o tenha conhecido há minutos”, afirma.
Depois de passar por muitos 4×4, ele, hoje, é proprietário de um Land Rover Discovery 1990. Perguntamos: “E o velho MB?” Resposta: “Nos momentos difíceis ele foi vendido. E voltou duas vezes. Está guardado na garagem de casa.”
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