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Chivunk

A nova viatura, de concepção nacional, desenvolvida para atender às Forças de Ação Rápida do Exército Brasileiro 

Na matéria que mostrou o II Encontro de Veículos Militares do Rio de Janeiro, publicada na última edição, apresentamos o Chivunk, nova Viatura Leve de Emprego Geral Aerotransportável (VLEGA), desenvolvida com o objetivo de atender às Forças de Ação Rápida do Exército Brasileiro.  Agora, diante do interesse despertado, trazemos mais informações sobre esta interessante viatura, concebida no Brasil, e que poderá, em breve, ser produzida em série, utilizando componentes da indústria automotiva local. 

O Chivunk – cujo nome se originou de um brado de guerra utilizado por várias unidades do Exército Brasileiro, que significa a busca de superação de seus limites para continuar lutando, num momento em que suas forças já estejam exauridas – está sendo fabricado pela Columbus Comércio, Importação e Exportação Ltda., no Arsenal de Guerra de São Paulo (AGSP). A sua configuração é a mais funcional possível: estrutura tubular, leve e ágil, gerando um veículo que pode ser tripulado por até três homens. 

Sob o capô, o Chivunk leva um motor a diesel, modelo MWM 4,07 TCA, com quatro cilindros em linha, que desenvolve 135 cv. O veículo possui ainda sistema de suspensão independente e tração nas quatro rodas. Com seus 2.300 kg (em ordem de marcha), desenvolve a velocidade máxima de 120 km/h. 

A viatura é armada com metralhadora MAG 7,62 mm, mísseis anticarro AT-4 ou ALAC, podendo transportar até 500 kg de carga, além de rebocar uma pequena carreta para cargas de maior peso. Esta “carga” pode ser também um morteiro de 120 mm, de alma raiada, ou um canhão Oto Melara, de 105 mm. 

O Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT) apresentou o primeiro protótipo do Chivunk ao Alto Comando do Exército em novembro de 2006. Na sequência, após detalhado exame do Centro de Avaliações do Exército (CAEx), mais duas unidades foram encomendadas. 

A grande versatilidade é vista como a principal característica do Chivunk. A viatura pode ser adaptada para a realização de ações de ressuprimento, transporte de material, evacuação de feridos, entre outras. Suas dimensões permitem que quatro unidades possam ser transportadas simultaneamente em uma aeronave C-130. A evolução para uma versão blindada e a extensão de sua utilização a brigadas de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e às forças policiais das grandes cidades é uma possibilidade cogitada. 

Já sei… Já sei… Todos devem estar se perguntando: “e a versão civil? Será que vamos poder comprar um desses algum dia, como aconteceu com o Engesa?” Bom; por enquanto, nada ainda foi falado sobre esta possibilidade. Mas, deixando de lado qualquer análise de viabilidade de um projeto como este, não custa torcer, não é?! Quem sabe?!… 

por: Humberto Mainenti
fotos: Noemi Luz

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