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Tá tremendo tudo
Quadros convulsivos não são tão comuns e por isso pouca gente sabe lidar com eles. Se um de seus colegas de trilha sair tremendo muito de um jipe lembre-se: pode não ser só a tremedeira de um motor diesel
Convulsões são caracterizadas por contrações musculares involuntárias de parte ou de todo o corpo, decorrente do funcionamento anormal do cérebro. Elas têm duração aproximada de três a cinco minutos e são divididas em três fases. A fase Tônica manifesta-se pela contratura generalizada da musculatura (rigidez do corpo e dentes cerrados). Na fase Clônica, há uma manifestação de abalos musculares, salivação excessiva, perda ou não do controle da bexiga e esfíncteres. Já na fase Pós-convulsão, as características são sonolência, cansaço e confusão mental.
Não é comum alguém convulsionar ‘do nada’. Então é importante ter observado (quando possível) se a vítima tinha algum sintoma como mal-estar, febre, se passou por frio ou calor excessivo, se sofreu algum trauma físico ou se pode ter se intoxicado com alguma coisa.
Como identificar?
Ocorre a perda da consciência e queda ao solo. Iniciam-se contrações musculares (que podem ser violentas), podendo ocorrer ainda palidez intensa e lábios azulados, além de eliminação de fezes e urina. Os dentes ficam travados e salivação abundante (baba).
Como prevenir?
Normalmente a vítima de convulsão sabe de seu estado, mas não informa os colegas a respeito, por medo, vergonha ou preconceito. É importante que os amigos saibam de históricos de convulsão e que saibam o que fazer em caso de uma crise. O controle normalmente é feito com anticonvulsivantes que devem ser tomados conforme recomendação médica.
Não é incomum um grande stress físico provocar uma crise de convulsão, mesmo naquelas pessoas que fazem o controle com medicações. Então, se esse é o seu caso, antes de se aventurar em uma trilha, converse com seu médico a respeito da dosagem e da metabolização do medicamento em situações de grande esforço físico.
Nunca deixe de tomar o medicamento sem o conhecimento de seu médico. Conheço vários casos de pacientes que ‘relaxam’ com o medicamento por que passam muito tempo sem uma crise.
O que fazer em caso de uma convulsão?
A crise dura cerca de três minutos. Durante esse tempo, é comum a vítima se machucar com os abalos. Por isso é importante afastar a vítima de lugares perigosos (fogo, piscina, objetos cortantes). Bem como tentar retirar objetos pessoais como óculos, colares etc.
Não é preciso ter medo de uma pessoa em crise de convulsão, basta proteger a cabeça, deixando-a agitar-se à vontade, e manter a vítima de barriga para cima (decúbito dorsal) e a cabeça lateralizada, para evitar engasgos. Afrouxar as roupas pode ajudar na respiração, que deve ser observada durante e após a crise.
A vítima, depois da crise, fica exausta, então é comum ela responder a perguntas, mas não conseguir se movimentar. Mesmo assim, não devemos negligenciar uma crise, sendo sempre necessário encaminhá-la ao serviço médico, após a crise.
O que nunca fazer!
Nunca deixe de socorrer a vítima, uma vez que esse problema não é contagioso. Não jogue água ou ofereça algo para cheirar durante a crise. Jamais tente segurar a língua ou colocar a mão na boca de uma vítima de convulsão. Por fim, não deixe a vítima sozinha e nunca negligencie a convulsão.
Evitar acidentes é dever de todos, mas como nem sempre é possível, caso aconteça com você ou com seus amigos, é sempre bom estar preparado e saber o que fazer.
Lembre-se sempre: segurança em primeiro lugar!
por: Felipe Marx
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