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Meliani
setembro 29, 2012

Angelo Meliani

O paulista Angelo Meliani conta como começou sua paixão pelos 4×4 militares e que o levou a ser um dos maiores colecionadores e restauradores do país 

Tudo começou por causa de um pombo. Não só um, mas vários pombos-correio, antigamente muito utilizados no país, principalmente pelas Forças Armadas. No final da década de 40, o pai de Angelo, o Sr. Aldo, era mecânico da Prefeitura de São Paulo. Ele ficava observando um jipe do Exército que chegava com um caminhão à casa de um vizinho que criava pombos-correio. Aldo se apaixonou pelo jipe, um modelo M42, e começou a juntar dinheiro para comprar o veículo. O carro foi conquistado com muito esforço pelo pai de Angelo em um dos leilões feitos pelo Exército, isso na década de 60, cerca de 20 anos depois do primeiro contato visual com o 4×4 militar. 

A partir daí, começou uma nova etapa na vida de pai e filho: “Eu tinha uns dez anos quando meu pai comprou o jipe. Fui crescendo e ajudando a restaurar o carro, que até hoje está na família”, conta Angelo. Como o próprio restaurador fala, a “doença da ferrugem” começou por aí e não parou mais. Angelo comprou o primeiro jipe há mais de vinte anos, um CJ2A, que curiosamente também foi seu primeiro carro. “Ele é um carro de 1942 e era civil. Eu o transformei num jipe militar. Quando o comprei, era praticamente uma sucata, nem andava! Paguei na época o que custa um motor nos dias de hoje. Demorei de três a quatro anos para fazer toda a modificação”, lembra Meliani. 

Loja Planeta Off-Road

 

Foi no hobby que Angelo descobriu o que seria no futuro sua ocupação profissional. Segundo o preparador, ele e o pai foram abrindo exceções para algumas pessoas, arrumando outros jipes, até que nunca mais pararam de fazer o que fazem hoje. A oficina, chamada Meliani QT (Qualquer Terreno), funciona há 18 anos no centro de São Paulo. O boca a boca foi o que fez o empreendimento crescer: “A gente nunca fez propaganda! Foi arrumarmos o primeiro jipe que um foi falando pro outro e daí nunca mais paramos. Só depois de seis anos com a oficina aberta fomos fazer cartão de visita!”, relata o paulista. 

A garagem 

Angelo Meliani também tem outras raridades militares além do CJ2A. Na garagem da família, estão: uma Bonanza 4×4 com tração Engesa; um jipe americano M38A1C de 1963; dois reboques militares, sendo um 1942 e o outro de 1966, além de um Dodge M37 ano 1957. Outras preciosidades também passaram por lá, como uma canhoneira, um CJ5, uma caminhonete militar F85 ano 1970, dois Willys ‘cara de cavalo’ M606 modelo militar, um caminhão militar 6×6 de 1970, entre outros. 

Quando questionado sobre o motivo dessa paixão, Meliani explica que os jipes militares têm outras vantagens que o fazem ter esse gosto: “O jipe militar tem muito mais acessórios e detalhes que um civil. Um veículo desse tem ponto de ancoragem na frente e atrás; jogo de refletores na frente e laterais; suporte de galão de combustível; suporte de estepe na traseira; rádio militar; para-choques militares, ou seja, uma infinidade de itens diferentes. Eu procuro deixar todos os meus carros o mais originais possível”. 

Meliani

 Outras coleções 

Além de herdar a paixão, o dom de preparação e os jipes, Angelo Meliani também ganhou de seu pai uma biblioteca raríssima no país. Meliani explica que enquanto o Sr. Aldo trabalhava como mecânico da Prefeitura de São Paulo, ele guardava manuais dos carros que eram substituídos a cada frota nova. “Meu pai também guardava recortes de revistas, jornais e outras publicações sobre carros e foi arquivando isso tudo. Hoje tenho em casa essa biblioteca, com mais de quatro mil títulos sobre os fora-de-estrada, principalmente sobre carros militares e os civis brasileiros”, relata Angelo. 

Também na casa do preparador paulista, é possível encontrar uma coleção de acessórios de jipes militares, como rádios e equipamentos utilizados há muitas décadas pelo Exército. 

 

 

 

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