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Jeep CJ5 – Uma coisa puxa outra
José Afonso experimentou uma trilha e apaixonou tanto que deu vida nova ao Willys CJ-5. O Jeep ganhou suspensão, motor e até tamanho
O início da relação de José Afonso Santos, industrial de 46 anos, com um jipe pode ser considerado, no mínimo, inusitado. Desde então o CJ-5 foi sendo transformado até chegar ao imponente Jeep que seu proprietário exibe com orgulho.
A história começou em 1998. José Afonso comprou uma fazenda de porteira fechada e junto com o ‘pacote’, veio o Jeep Willys CJ-5, ano 1959. Mesmo ainda todo “careta”, o valente Willys foi capaz de deixar seu novo piloto completamente apaixonado por off-road. Zé Afonso levou o Jeep para Belo Horizonte (MG) e começou a fazer algumas trilhas leves, o suficiente para nunca mais largar sua nova paixão. Mais que isso: Zé Afonso resolveu iniciar uma trajetória que duraria aproximadamente cinco anos. O trabalho compensou.
A primeira modificação que o CJ recebeu foi um jogo de pneus 33 polegadas. Nesse momento, Zé Afonso percebeu que a trajetória seria longa. Ele, sentindo que o motor de seis cilindros não dava mais conta do recado, resolveu substituir o original por outro mais potente. Após algumas pesquisas, a mecânica escolhida veio de um Chevrolet Blazer. José Afonso, auxiliado por um amigo, levou o jipe para casa e começou o serviço.
Trabalhando apenas à noite e nos finais de semana, a dupla gastou um mês para instalar o novo motor. José Afonso conta com orgulho que, tirando a reforma da carroceria, tudo foi feito por eles. Diga-se de passagem, muito bem feito! O motor Vortec V6 de 4300 cilindradas ficou perfeito dentro do cofre do motor do CJ-5. Zé Afonso ressalta que, para instalar o Vortec e a caixa de cinco marchas, também da Blazer, nenhuma alteração na carroceria foi necessária: “Não mudamos a parede corta-fogo e mantivemos as alavancas de marcha, tração e redução na posição original”.
Uma vez instalada a nova motorização 4.3, com 34,7 kgfm de torque, o Jeep já poderia partir para um novo up-grade: pneus de 35 polegadas. Com pneus ainda maiores e com um motor extremamente forte, Zé Afonso teve que melhorar a segurança nas frenagens. Para isso ele colocou freio a disco nas quatro rodas e instalou um sistema de freio hidrovácuo. Pensando um pouco em conforto, o Jeep recebeu, também da Blazer, a direção e a embreagem hidráulicas.
O passo seguinte foi dar atenção à suspensão. O Jeep recebeu uma importante modificação, conhecida como SPOA, na qual os eixos são passados para baixo do feixe de molas. O carro ganhou altura considerável, mas ganhou também muita instabilidade. Com o centro de gravidade alterado, o risco de o veículo tombar aumentou muito. A opção, então, foi colocar eixos mais largos. José Afonso fez a tradicional mudança para os eixos de Rural, mas não ficou por aí. Como o motor era muito forte e o centro de gravidade do jipe estava mais alto, o proprietário notou que o Willys estava também com tendência a capotar para frente ou para trás. Nesse momento, aconteceu a transformação que, além de resolver por completo o problema da instabilidade, deu um charme todo especial ao CJ-5: alongar o carro em 46 centímetros. Das 81 polegadas originais (205,4 cm), o Jeep passou a ter 99 polegadas (251,5 cm) de distância entre-eixos. A mudança melhorou o espaço interno, o conforto, a estabilidade e a dirigibilidade, as quais, associadas a um aumento da torção do chassi, resultaram em uma excelente performance do jipe em trilhas.
Completando o pacote, o CJ de Zé Afonso recebeu reforços na suspensão, com instalação de molas helicoidais adicionais, amortecedores Turbogas de dupla ação e barra de torção no eixo traseiro. Foram instalados, ainda, bloqueio nos dois diferenciais, bancos Recaro e guincho com capacidade para 9000 libras.
Ficha Técnica
Motor
Vortec 4.3
Alimentação: injeção eletrônica
Nº de cilindros / grupamento: 6 cilindros, em V
Cilindrada: 4.300 cm³
Potência máxima: 180 cv (a 4.200 rpm)
Torque máximo: 34,7 kgfm (a 2.600 rpm)
Transmissão
Cambio: manual com 5 marchas mais ré
Relações de marchas:
1ª. 3,49:1 / 2ª. 2,16:1 / 3ª. 1,40:1 / 4ª. 1,00:1 / 5ª. 0,78:1 Ré 3,55:1
Caixa de transferência: Willys
Relação da caixa de transferência: 3,09:1 (reduzida)
Diferencial dianteiro e traseiro com bloqueios
Direção
Hidráulica
Suspensão
Dianteira: feixe de molas com molas helicoidais adicionais, amortecedores Turbogas de dupla ação
Traseira: feixe de molas com molas helicoidais adicionais, amortecedores Turbogas de dupla ação e barra de torção
Freios
A disco nas quatro rodas
Rodas e Pneus
Rodas: aro 15”
Pneus: 35’’ x 12.5
Peso
Peso bruto total: 1.690 kg
- Veja também: Calculadora de tamanho real de pneus
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