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Este CJ5 é para trilha
Um CJ5 preparado para obter alta performance e testado nas piores (ou seria “melhores”?) condições possíveis: as trilhas e provas de rock crawling
É comum vermos no meio off-road, ou até em publicações especializadas neste segmento, veículos 4×4 meticulosamente projetados para chamarem a atenção por sua aparência robusta e agressiva. Ao submetermos tais veículos a uma análise técnica, é quase que igualmente comum constatarmos que muitas das alterações feitas nas estruturas originais buscam resultados estéticos em detrimento da performance. A consequência disto é um número cada vez maior de belos jipões retirados de seu habitat – as trilhas – e “confinados” ao mundo das exposições e dos passeios de fim de semana por points urbanos, em que “lama” e “obstáculos” são termos que fazem parte de uma realidade obscura e distante.
Felizmente, este não é o caso do CJ5 que você vê aí ao lado. O proprietário, Rodrigo Fonseca é, além de apaixonado por trilhas, praticante de rock crawling, e cada detalhe do seu Jeep foi planejado para melhorar a performance do veículo nesta que é, sem dúvida, a mais exigente das modalidades de esporte praticadas com veículos fora-de-estrada.
Basta dar uma rápida olhada na ficha técnica do carro para que se possa ter uma ideia do que é um 4×4 preparado para enfrentar obstáculos de verdade, e não apenas os quebra-molas dos estacionamentos de shoppings…
O motor Ford original do CJ5 1979 foi substituído por um GM de 6 cilindros e 4.8 cc, que trabalha junto com um câmbio Clark de 3 marchas, com reduzida de Jeep reforçada. Na suspensão, Fonseca adotou o sistema SPOA (Spring Over Axle) – que consiste na passagem dos feixes de mola para cima dos eixos -, o que, em conjunto com amortecedores a gás, de 15”, e jumelos articulados, aumenta a altura do carro em relação ao solo, além de conferir à suspensão um curso bem maior que o original. O Jeep possui eixo traseiro flutuante e eixo dianteiro com homocinética, ambos com bloqueio de 100%. O conjunto eixos / suspensão, somados à roda-livre manual reforçada, garantem ao veículo excepcional tração em qualquer terreno ou obstáculo. Completam o conjunto dos principais itens mecânicos os freios a disco nas quatro rodas, a embreagem hidráulica e a direção hidráulica (de Opala).
Rodrigo Fonseca manteve o chassi original do jipe, porém fez algumas modificações na carroceria (original, de lata): os pára-lamas dianteiros foram substituídos pelos do modelo CJ3-B, confeccionados em fibra. Na parte traseira, foram feitos recortes de maneira a aumentar os pára-lamas, permitindo a livre movimentação da nova suspensão e a instalação dos pneus maiores. E por falar em pneus, o Jeep tem “calçados” para rock crawling, 35 x 12,5 R15, e outros para trilha, Tork 265/75R16.
O Jeep de Rodrigo Fonseca ainda é equipado com shift light, pedaleira suspensa, bancos concha com cintos de 4 pontos, gaiola (imprescindível!) e outros itens. Ah! E se tudo isto não resolver, um guincho mecânico para quatro toneladas se encarrega de tirar o bichão de qualquer enrosco…
Ficha Técnica – Jeep CJ5 ano 1979
Motor
4.8cc, 6 cilindros, álcool (GM canaviero)
Transmissão
Câmbio Clark 3 marchas
Reduzida de Jeep com reforço (pino rolamentado)
Embreagem hidráulica
Suspensão
Feixe de Mola Original ( SPOA )
Jumelo revólver eixo traseiro
Amortecedores a gás nitrôgenio (15”) Kamonsek
Eixos
Traseiro flutuante (Ensimec) com bloqueio Spool (100% ) – Garra 4×4 e protetor de diferencial Garra 4×4
Dianteiro com homocinética (TRex) Ensimec com bloqueio 100%, protetor de diferencial e roda-livre reforçada
Freios
A disco nas 4 rodas.
por: Humberto Mainenti
fotos: Adriano Rocha
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