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Perfil Luis Fernando Donatti

Ele diz que seu lugar favorito é a própria casa. Mas certamente sempre escolhe os piores caminhos para chegar até lá

Idade: “38 anos”. Cidade natal: “Ribeirão Preto-SP”. Profissão: “empresário”. Ídolos: “meus pais”. Lugar favorito: “minha casa”.

Lendo um perfil como este, a gente afirma, sem medo de errar, que se trata de mais um pacato cidadão do interior do Brasil. O que pouca gente imagina é que o cidadão descrito acima é um dos mais ativos off-roaders do País: Luis Fernando Donatti.

O Donatti – como é conhecido no meio jipeiro – comprou o seu primeiro jipe em 1995, mas diz que sempre fora apaixonado pelos 4×4, a ponto de, quando ainda solteiro, ficar passeando pelas ruas com a namorada (atual esposa), à procura de jipes pela cidade. “Quando não conseguia encontrar nenhum jipe passeando pelas ruas, apelava e passava em frente à casa onde sabia que morava um jipeiro e seu jipe; só depois disto é que conseguia voltar para casa”, conta.

Até então, a paixão pelos jipes era apenas uma questão estilística. Uma vez feita a primeira trilha, Donatti foi definitivamente contaminado pelo vírus do fora-de-estrada (aquela história que todos nós já sentimos na pele). De trilha em trilha (a melhor, segundo ele, foi feita junto com a filha de 11 anos, durante uma bela noite de dezembro de 2005), o off-road ganhou uma importância tal na vida deste jipeiro que ele afirma não ser possível mensurar: “Gosto de off-road, trabalho com off-road, vivo de off-road e incentivo outras pessoas a entrarem também para o off-road.” Donatti hoje fabrica e comercializa diversos equipamentos e acessórios para praticantes do fora-de-estrada e seus veículos.

Depois do primeiro jipe – um Willys 1958 amarelo -, Donatti já teve um Ford 1976, um Troller 2000 e outro Willys, este de 1963, chamado “Beliscão” (“ele tinha este nome por ser roxo, igual à marca de um beliscão que minha esposa me dá quando dou uma ‘olhadinha para o lado’”). Hoje, seu único 4×4 é o “Big Jeep Chopp Show”, um protótipo com motor V8, rodas gigantes (gigantes mesmo!) e carroceria de Troller T5, com a peculiaridade de carregar um providencial barril de chopp na sua parte traseira. “Este era o jipe dos meus sonhos; o problema agora é que o jipe dos sonhos é outro (minha esposa não pode ler isto!)”, confessa. “Mas este novo sonho é só para o ano que vem…”

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