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Lembrar dele é fogo!
Poucos lembram do extintor de incêndio, mas é importante estar atento ao estado, tipo e condições de uso deste importante item de segurança para quem coloca seu jipe em condições adversas de uso
Em uma Quinta Russa, encontro do grupo Nivas Gerais 4×4 de Belo Horizonte, surgiu um assunto sobre extintores de incêndio e o caso de um Engesa em chamas que, aliás, foi o segundo jipe da turma a iniciar um incêndio do nada, no meio de uma trilha (o outro foi um Willys chamado Hulk do amigo Roberto que agora está lá em Campinas). Os dois não tiveram conseqüências graves, graças a Deus e, no caso do Danilo, graças a algumas Coca-Colas com gelo e tudo… Foi um caso pitoresco e ainda bem que os poucos extintores, as garrafas e copos de água mineral e até as Coca-Colas geladinhas conseguiram apagar as chamas, pois se tivéssemos que apelar para o isopor de cerveja, seria um jipe a menos em Minas.
Fora as brincadeiras, isso me motivou a pesquisar o assunto e fazer um pequeno alerta, pois muita gente só lembra do extintor na hora de transferir o carro junto ao Detran, mas este equipamento merece bem mais atenção do que damos a ele.
A principal função do extintor do veículo é extinguir um princípio de incêndio, evitando assim maiores transtornos e até mesmo risco de vida. Por isso, atualmente já existe um extintor tipo ABC que é a forma mais eficiente para combater as principais classes de incêndios nos carros. Se esta informação é nova para você, é bom saber também que, de acordo com a Resolução do Contran número 157/2004 (incluindo alterações publicadas na Resolução 223/2007), a partir de 2005 todos os veículos produzidos no país estão saindo de fábrica com extintores tipo ABC (além das classes B e C, inclui a capacidade para apagar fogo da classe A – combustíveis sólidos). Só que a maior parte da frota nacional continua circulando com os extintores do tipo BC (classes com capacidade para apagar somente fogo em líquidos inflamáveis e equipamentos elétricos). Vale destacar um dado interessante: conforme estatísticas, 90% dos incêndios em automóveis se iniciam no compartimento do motor, mas logo se propagam para a manta termo-acústica do capô, para o painel, forrações e estofamento, ou seja, todos combustíveis sólidos pertencentes à classe A de incêndio.
O preço do modelo ABC gira entre R$ 50,00 e R$ 60,00. Considerando sua durabilidade de cinco anos, o custo ano acaba compensando, pois o preço do modelo BC gira entre R$ 15,00 e R$ 20,00 (recondicionado a base de troca) e deve ser trocado a cada ano. Agora, se você não tiver o cilindro usado ou se ele não estiver em condições para a troca, você irá gastar entre R$ 30,00 e R$ 40,00 para comprar um extintor recondicionado.
Você deve colocar em primeiro lugar a segurança e a qualidade do seu equipamento, mas um bom motivo para se lembrar do extintor está no fato de que, de acordo com a mesma Resolução do Contran citada acima, os motoristas precisam trocar seus equipamentos antigos pelo tipo ABC conforme o vencimento do teste hidrostático do cilindro – o teste hidrostático verifica a resistência do cilindro à pressão e é válido por cinco anos para todos os modelos (por exemplo, se o ano de fabricação ou do último teste hidrostático for 2002, o ano limite para substituição do cilindro será 2007, independentemente se a carga ainda estiver boa). Isto quer dizer que, para muitos, esta troca já deveria ter sido feita.
Outro ponto que deve ser considerado é que, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro – CTB art. 230, inciso IX e X, conduzir um veículo sem equipamento obrigatório, ou mesmo com ele ineficiente, é considerada infração grave (5 pontos) com multa de R$127,69, e ainda tem o veículo retido para regularização – neste caso o condutor tem a opção de sanar a irregularidade no local da fiscalização e liberar o veículo (CTB art. 270, § 1º), mas a multa e os pontos na carteira de habilitação continuam valendo, é claro!
Portanto, seguindo o Código de Trânsito Brasileiro e as resoluções do Contran, na hora de verificar o extintor de incêndio do seu carro, aproveite para comprar um do tipo ABC. Afinal de contas, nunca pretendemos ter que usar este equipamento, mas, numa eventual emergência, contar com um extintor de boa qualidade pode salvar seu dia. Fica aqui o alerta, pois segurança é um conjunto de detalhes que fazem a diferença.
Por: Bruno Dias