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Hilux CD SRV
A cobiçada picape da Toyota ganhou reestilização dianteira e novo acerto de suspensão para continuar sendo a preferida pelos brasileiros
A Toyota apostou na reformulação completa da sua linha Hilux em 2005 e a mudança funcionou. Hoje a Hilux 4×4 é líder de vendas em seu segmento – com larga vantagem para a segunda colocada – e é a picape mais cobiçada pelos brasileiros. E tem razão para isso. A Toyota Hilux CD SRV que testamos é a prova concreta de que o carro faz jus à sua fama.
O modelo 2009 ganhou novidades. A dianteira está mais moderna com a adoção de novas lentes nos faróis, novo para-choque e grade. As rodas, em virtude do aumento dos discos de freio, também mudaram e agora são de aro 16 montadas com pneus Bridgestone H/T 265/70. Na traseira, a evolução mais marcante foi a introdução de chave na porta da caçamba.
Por dentro, o painel impressiona com instrumentos com tecnologia Optiron, que regula a intensidade da iluminação de acordo com a luz interna. A adoção do novo computador de bordo com sete funções (bússola, temperatura externa, tempo de viagem, autonomia, consumo instantâneo, consumo médio e velocidade média) e comandos no volante é um mimo a mais para quem vai a bordo. O sistema de rebatimento do banco traseiro é outra novidade da linha 2009 e facilitou a vida de quem usa o banco traseiro como porta-malas.
Mas nem só de beleza e conforto é feita a Hilux 2009. O motor diesel D-4D de 3.0 litros gera 163 cv de potência (a 3.400 rpm) e, aliado ao excelente torque de 35 kgfm (a partir dos 1.400 rpm), empurra a picape com destreza. Em todos os ambientes em que testamos a nova Hilux – cidade, estrada e off-road leve – a sensação é de que temos força de sobra em qualquer situação. Em estrada, seja asfaltada ou de terra, a picape da Toyota merece menção honrosa. Além de contar com o excelente motor, a nova suspensão faz a diferença. O acerto da suspensão deixa a traseira menos arisca, condição bem normal em picapes, principalmente com a caçamba vazia. Ponto para a Toyota que deixou o carro mais confortável e mais seguro em relação aos seus principais concorrentes. A dianteira permanece a mesma, com sistema independente de braços duplos triangulares e molas helicoidais. Na traseira, permanece o eixo rígido, porém os feixes de molas foram recalibrados mudando sensivelmente a performance do carro.
No uso urbano, o comportamento é satisfatório tanto no conforto como na performance e consumo, que sobe um pouco, mas ainda se mantém na casa dos 8 a 9 km/l. O excessivo tamanho incomoda um pouco, principalmente para manobras.
Em uso off-road, o desempenho fica como é esperado de uma picape do porte da Hilux. Para trilhas mais técnicas, a configuração original praticamente inviabiliza seu uso. O tamanho, os ângulos de ataque e saída (30º e 26º respectivamente) e os pneus de uso misto definitivamente não foram feitos para grandes enroscos. Porém, em off-road leve – onde se enquadram trechos de lama não muito profundos, erosões leves e estradas de terra – o comportamento é muito bom. A Hilux é estável e transmite segurança aos ocupantes graças à boa distribuição de peso, bom acerto da suspensão e a força sempre disponível do motor.
A Toyota consegue com este novo modelo de sua picape Hilux CD manter a consagração que conseguiu durante anos como um veículo para grandes expedições. A prazerosa vida a bordo rodeada de conforto nos convida a rodar e, ao final de um dia dentro do carro, a sensação é de querer ainda um pouco mais. A confiabilidade mecânica é outro ponto positivo e, junto com o excelente espaço – tanto na cabine como na caçamba – e o baixo consumo de diesel torna a Hilux CD uma opção interessante para quem gosta de seguir por longos caminhos. Principalmente para quem quer conforto, mas sabe que encontrará alguns maus caminhos em seu percurso.
Ficha Técnica
Motor
Toyota diesel D-4D 3 .0 litros, 4 cilindros em linha, 16 válvulas, common rail, turbo com geometria variável e intercooler.
Cilindrada: 2.982 cm3
Potência: 163 cv a 3.400 rpm
Torque: 35,0 kgfm entre 1.400 e 3.200 rpm
Diâmetro e curso: 96,0 x 103,0 mm
Taxa de compressão: 17,9:1
Transmissão
Câmbio manual com cinco marchas à frente e uma à ré.
Tração: 4×2, 4×4 e 4×4 reduzida com acionamento por alavanca. Roda livre automática, bloqueio do diferencial central com deslizamento limitado (LSD).
Relação dos diferenciais: 3,583.
Freios
Dianteiro: a discos ventilados e ABS.
Traseiro: a tambor com LSPV (válvula proporcionadora sensível à carga) e ABS.
Direção
Hidráulica – pinhão e cremalheiras.
Suspensão
Dianteira: independente, braços duplos triangulares, molas helicoidais e barra estabilizadora.
Traseira: eixo rígido, molas semi elípticas de duplo estágio.
Pneus e Rodas
Pneus Bridgestone H/T 265/70R16
Rodas aro 16 em liga-leve.
Dimensões e Capacidades
Comprimento: 5.255 mm
Largura: 1.835 mm
Altura: 1.820 mm
Entre-eixos: 3.085 mm
Peso em ordem de marcha: 1.910 kg
Capacidade de carga: 1.000 kg
Tanque de combustível: 80 litros
Desempenho
Vão-livre: 292 mm
Ângulo de entrada: 30º
Ângulo de saída: 26º
Raio de giro: 6,2 m
por: Adriano Rocha
fotos: Noemi Luz
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