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Gilson Rocha
Conheça a história de Gilson Rocha, um curitibano que há mais de três décadas navegou em quase todo tipo de esporte, principalmente as modalidades 4×4
O que começou como uma brincadeira entre amigos acabou virando papo sério para o navegador Gilson Rocha. Nascido em Curitiba, o gerente de pós-vendas de um grupo de concessionárias do Paraná já competiu em quase todo tipo de rali. No seu currículo estão provas de regularidade 4×2, raids, Copa Troller, Sertões, Copa Peugeot, Mitsubishi Cup, Motorsports e até rali náutico.
O primeiro contato de Gilson com o mundo off-road foi no verão de 1980, no litoral do Paraná. Contado pelo próprio navegador, ele literalmente deu uma de penetra na 1ª etapa do Campeonato Paranaense de Rali de Regularidade 4×2: “Estava na casa da minha irmã e lá havia algumas pessoas que estavam competindo. Eu pedi pra ir junto no carro, no banco de trás, pois nem o título de zequinha existia na época, mas não deixaram. Eu não aceitei e fui atrás do mesmo jeito!”. A partir daí, Gilson já estava viciado e juntou com um colega de trabalho para comprarem um carro. A máquina era um Fusca 1600 que foi todo remontado para servir apenas de carro de rali. Na época uma disputa de par ou ímpar definiu a profissão dele: “Tiramos o piloto no par ou ímpar e eu acabei perdendo, ou seja, com ele comecei a carreira de navegador”. O carro, que na época custou 55 mil cruzeiros, foi todo preparado. Depois a dupla de amigos ainda pagou mais 55 mil cruzeiros de equipamentos adquiridos em São Paulo.
Com o carro pronto, a dupla foi enfrentar seu primeiro desafio, no dia 26 de abril de 1980, na segunda etapa do Campeonato Paranaense e a segunda do Sul-Brasileiro de Rali de Regularidade. Após a largada, já uma pérola pra contar: “Largamos e eu não tinha nem noção de onde ir. Com três quilômetros de prova, alguns equipamentos pararam de funcionar. Fizemos o circuito no grito! Depois de andar mais uns dez minutos chegamos a uma cidade e tinha um faixa ‘Bem vindos ralizeiros’, daí disse ao meu amigo que a gente estava ganhando e fomos os primeiros a chegar. A gente tinha cortado o roteiro inteiro!”.
Mesmo cometendo outra gafe, Gilson não parou. Disputou a terceira etapa do Sul-Brasileiro em Florianópolis e conseguiu seu primeiro caneco, de terceiro colocado. Depois veio uma prova do nacional em Belo Horizonte e em seguida seu primeiro piloto parou de correr devido a um acidente fora do rali. Gilson não desistiu e chegou até em pensar em ser piloto naquela época, mas acabou por comprar outro Fusca, um ano 78, e chamar pilotos pra ocupar o banco. O primeiro título de campeão foi em 82, no Paranaense de Rali de Regularidade.
Em 1987, Gilson entrou para a equipe Corujão, que era uma das mais cotadas na época no Paraná. No time, o gerente de pós-vendas foi campeão brasileiro em 89 e 90. Paralelamente, os donos de 4×4 começavam a colocar seus carros nas trilhas, mas antes eram só passeios. Gilson ficou na equipe até 1991 e a partir de 1996 começou a tomar gosto pelo rali de velocidade. “Daí andei com grandes nomes, como Luís Tedesco, Édio Fischer, mas sempre navegando também outros pilotos renomados no regularidade”, conta Gilson. Em seguida, Gilson largou o mundo 4×2 e entrou nos 4×4. Foi em 2002 com a Mitsubishi Cup que o navegador começou várias modalidades ao mesmo tempo. “Aí entrei de cabeça na Cup com o Oscar Bibas, no Sertões com o Maurício Neves, algumas provas de campeonatos 4×4 de regularidade, Motorsports, Copa Troller, o Rali Mercosul e ainda arrumei espaço pra começar na Copa Peugeot”, relata.
Dentre seus títulos mais importantes, Gilson Rocha coleciona dois da Copa Peugeot, o vice no gigantesco Rali Mercosul, um terceiro lugar na categoria L200 RS da Cup Sudeste e “também fui convidado diversas vezes para navegar em ralis aéreos”, completa. Em seus 31 anos de carreira, Gilson só não competiu provas de rali aéreo e cross country em caminhões. No auge dos seus 53 anos de idade, o gerente de pós-vendas vende disposição e quer mais, mesmo com mais de 250 troféus e 300 provas na carreira: “Só vou parar quando minha navegação começar a falhar muito, mas sinto que isto vai demorar pra acontecer. O rali faz parte da minha vida e não vivo sem. Para mim virou parte da profissão”, finaliza.
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