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Indonesian Off-Road Expedition
116 veículos na maior expedição off-road do mundo
Jacarta, capital da Indonésia, foi o ponto de encontro para os participantes de mais uma edição da Indonesian Off-Road eXpedition. Na cidade aconteceram os últimos preparativos para uma aventura épica. O ‘comboio laranja’, 116 veículos extremamente preparados partiu dali para enfrentar uma jornada de 19 dias na selva em plena temporada de chuva. Ali se iniciou a saga do IOX 2016!
No grande comboio encontra-se todo tipo de carro 4×4, variando de novos a antigos, raros e comuns, e de várias marcas. Mas uma característica é comum a todos eles: são equipados com grandes pneus lameiros, vários faróis auxiliares e guinchos.
O início da expedição partiu por Yogyakarta, passando pelos antigos templos de Borobudur e Brahma, com destino ao vulcão Merapi, o ponto de partida simbólico da IOX. A programação previa a chegada ao vulcão Batur, na Ilha de Bali, três semanas depois.
Durante a primeira semana, utilizamos caminhos não muito pesados pela selva. Para ser honesto, é difícil encontrar caminhos e trilhas ao estilo Camel Trophy na Ilha de Java. A mãe natureza garantiu um clima tropical quente, com temperaturas próximas a 40 graus. Assim, a água se tornou essencial para manter a hidratação dos participantes. Já as trilhas, estavam secas, com apenas algumas travessias de rios pelo caminho, que já foram suficientes para esticar os cabos dos guinchos.
O comboio seguiu lentamente em direção ao primeiro ponto de reagrupamento, na cidade de Malang. Este reagrupamento é essencial, pois é praticamente impossível controlar e manter unido um comboio de mais de 110 veículos. Sempre há um obstáculo ou problema que acaba dividindo o comboio. Mas sem grandes problemas, após nove dias alcançamos o primeiro destino. A parada em Malang é importante também para a preparação e revisão dos veículos para a segunda parte da IOX 2016. Nos trechos seguintes, do lado oriental de Java, encontraríamos trilhas mais pesadas e, finalmente, a Mãe Natureza entrou no jogo e nos trouxe alguns dias de chuvas fortes.
De Melang, o comboio se dirigiu para Lumajang, usando apenas trilhas, previamente conhecidas, na selva. Mas tudo ficou bem pior e as equipes tiveram que usar o guincho constantemente para manter os veículos em movimento. A lama, pegajosa e profunda, estava em todos os lugares. O que mais se via eram pneus deslizando, cabos de guincho esticados e motores rugindo mais forte que os sons da floresta. Os copilotos tiveram muito trabalho com os cabos do guincho e o tempo úmido e quente deixou a tarefa ainda mais difícil. O barro grudava nos sapatos e alguns participantes chegaram a afundar até a cintura nos buracos de lama. Apesar do caos, todos adoraram. Mesmo à noite, as equipes trabalhavam duro para seguir em frente. Alguns rios eram fáceis de cruzar, mas como a chuva continuava, o nível da água estava subindo, tornando mais e mais difícil atravessar. Em uma das travessias, as equipes tiveram que esperar uma noite na margem do rio, na esperança de que, na manhã seguinte, o nível de água abaixasse. Mas tudo isso faz parte da aventura. Todas as equipes do IOX trabalharam juntas, formando um grande grupo de camaradagem com apenas um objetivo: chegar ao ponto final.
De Lumajang, o comboio seguiu pela parte sul da Ilha de Java, ao longo da costa e com vistas deslumbrantes do oceano. Os últimos dias depois de enfrentar a selva foram mais tranquilos. Seguimos por caminhos que incluíam a passagem por áreas de camping e aldeias de pescadores. Isso fez com que nossas refeições de arroz fossem substituídas por churrasco de lagosta fresca.
Depois de percorrer parte da costa, nos dirigimos por alguns trechos lamacentos com destino ao norte de Banyuwangi, na costa leste de Java. De lá, balsas locais transportaram todos para Bali. Você deve imaginar que, com um grupo de mais de 110 veículos off-road, foi preciso um ferry boat para fazer a travessia.
Depois de passar Bali, o comboio, e seus mais de 400 pneus sujos de lama, seguiu para o centro da ilha, para o último trecho de selva antes de chegar ao vulcão, ainda ativo, Batur.
Desde que saímos de Malang, há duas semanas, para a jornada épica até este vulcão, foi a primeira vez que todo o grupo se reuniu no mesmo acampamento. Para todos, a temperatura no acampamento, a 2.000 metros de altitude, estava congelante, já que estavam acostumados com o clima quente e úmido dos últimos dias.
Na manhã seguinte, depois de percorrer caminhos formados por rochas de lava que nos lembrou um terreno lunar, nossa expedição chegou ao destino final, nas estátuas maciças do Parque Cultural Garuda Wisnu. Todos os veículos que iniciaram a aventura chegaram ao final sem maiores problemas. Devo admitir que, este ano, o IOX não foi tão pesado como nos anos anteriores. A Mãe Natureza deu alguns dias de seca no início e somente na segunda parte tivemos chuva e trilha pesada. Apesar disso, este evento é impressionante, único no seu gênero e, acredito, único no mundo. Apesar dos corpos cansados, todos comemoraram por ter concluído o objetivo da expedição. Mãos são agitadas, fotos de memória são feitas e todos voltam para casa para reunir-se com suas famílias.
O Indonesian Off-Road eXpedition tem sido realmente uma aventura épica na selva, digna de se recordar e entrar para o livro dos recordes. Depois de duas semanas e meia de aventura, cumpriu-se o objetivo e a IOX foi registrada com a marca de expedição com o maior número de veículos!
Os planos para 2017 já estão feitos e a ideia é realizar outra expedição impressionante em dois locais diferentes do arquipélago indonésio, Sulawesi e Kalimantan.
por: Fred M. Krijgsman
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