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Flávio Lunardi: um degrau por dia
Ou melhor, um degrau por etapa…
Uma história marcada por muitos aprendizados… Assim se pode definir o piloto catarinense Flávio Lunardi, desde que fez sua estreia no rali cross country há três anos. O primeiro contato com o off-road aconteceu em março de 2015. O Rally Barretos foi o ponto de partida de uma trajetória traçada por muitos aprendizados e conquistas! “Naquele dia, eu apenas fui acompanhar um amigo que disputou o rali. Porém, deparei-me com um esporte fascinante, de uma energia altamente positiva e com aquilo que eu mais gosto: velocidade e adrenalina. Então pensei: por que não? Foi o tempo de escolher o carro e prepará-lo para competição, e minha estreia aconteceu no Rally Cuesta Off-Road, três meses depois”, contou Lunardi.
A máquina escolhida foi uma Chevrolet S10, pela categoria Production – de entrada no esporte; e navegação ficou na responsabilidade do amigo Jeam Carlos Maiochi. “Foi uma experiência incrível. Ali já nos deparamos com todas as dificuldades e, apesar de um bom resultado (terceiro lugar na categoria), entendemos que para sermos respeitados seria preciso caminhar com muita humildade e sabedoria, sendo a tarefa mais difícil controlar o ímpeto de pisar fundo no acelerador, pois no rali, nem toda hora a velocidade é o mais importante”, salientou o piloto.
Eis que deram início a uma trajetória de muitos altos e baixos. Entre quebras mecânicas e pódios conquistados, Lunardi percebeu que o sucesso estava na mente! “Se não tivermos controle emocional, não adianta. Posso ser o piloto mais habilidoso da Terra, mas quem comanda é a cabeça. É fundamental identificar os trechos onde pode acelerar mais ou menos, o veículo (por mais resistente que seja), tem seus limites e toda máquina quebra, sobretudo em uma prova de longa duração e de alto nível técnico, a exemplo do Rally dos Sertões. Por isso, logo percebi que ser a equipe mais regular é melhor do que ser a mais rápida”, defendeu.
Entre os momentos que marcaram a carreira de Flávio Lunardi, está o dia em que se alinhou pela primeira vez no Rally dos Sertões (2015), pois estava diante da realização de um sonho. “Tínhamos pela frente o desconhecido. Caminhos difíceis, com obstáculos naturais por regiões inóspitas que jamais iríamos percorrer se não fosse o rali. Velocidade e perigo, que dosaríamos para superar nossos próprios limites”, refletiu o piloto. Foi ao final deste Rally dos Sertões, que o off-roader compreendeu o quanto este evento faz bem para si, trazendo-lhe experiência e maturidade não somente para o esporte, mas para a vida. “Minha intenção é participar do maior rali do Brasil por muitos e muitos anos, se Deus quiser”, afirmou.
Em 2016, fundou a Bulldog Racing e firmou parceria com o navegador Fred Budtikevits. Mas o melhor ainda estava por vir! No ano seguinte, 2017, trocou de picape e subiu em uma Mitsubishi Triton RS – um carro que nasceu para o rali. Consequentemente, mudou de categoria e foi para a competitiva Pró Brasil.
O rali é uma paixão que Lunardi aprendeu a domar (e muito bem). O resultado de tanto empenho, estudo e amadurecimento veio neste último Rally dos Sertões, na edição dos 25 anos… E que Rally dos Sertões! “Vivo a sensação de cruzar a linha de chegada do certame até hoje, e levarei isso por todos os dias da minha vida”, emocionou-se o piloto. “Desde o início, quando efetivei minha inscrição, sabia que o pódio dependeria somente da minha postura emocional. Por isso, junto ao Fred, traçamos uma estratégia de crescer na disputa dia a dia, sem pressa, fazendo o nosso melhor, sem excessos. Não deixamos fatores externos influenciar nosso psicológico; focamos em nós mesmos e, com calma e controlando a ansiedade (talvez o fator mais difícil de superar), fomos vice-campeões da categoria”, comemorou. “Passar pelo pórtico de chegada com o segundo lugar nas mãos foi uma das conquistas mais importantes da minha vida”. A dupla ainda foi homenageada pela Mitsubishi Motors do Brasil, em reconhecimento ao desempenho na competição.
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