- (15)
- (50)
- (28)
- (8)
- (25)
- (6)
- (50)
- (19)
- (53)
- (69)
- (120)
- (22)
- (31)
- (28)
- (29)
- (7)
- (18)
- (36)
- (20)

XTerra muito bem equipada
Quando um engenheiro resolve aperfeiçoar uma Nissan Xterra
Modificar um carro requer muito cuidado. Erros no projeto e na execução podem fazer com que a ideia de aperfeiçoar o veículo se transforme em um pesadelo. Mas, por outro lado, quando o planejamento é bem feito, as chances de se conseguir um excelente 4×4 são grandes.
Foi assim com Henrique Trotta e sua Nissan Xterra ano 2004. Há aproximadamente 10 anos, Trotta começou a pesquisar uma alternativa de veículo 4×4 mais moderno que o antigo Willys. Depois de muita pesquisa, conversas, análises e testes, ele decidiu que a melhor opção seria uma Xterra. Para ele, este era o veículo ideal que reunia características primordiais: robusto, econômico, espaçoso, confiável, suscetível a muitos upgrades e, o principal, o motor MWM Sprint (mecânico).
Foram seis meses até encontrar uma com apenas 88 mil quilômetros rodados. Com a viatura em mãos, o primeiro passo foi desmontá-la praticamente inteira para uma limpeza, revisão e reparação de pequenos defeitos. Além disso, a Xterra foi isolada termo e acusticamente.
A partir daí, com muita pesquisa e troca de informações com amigos, começou a nascer uma nova Xterra. O fato de Henrique ser engenheiro mecânico foi fundamental, pois, além de ter contato com metalúrgicas, torneiros, soldadores, pintores e profissionais do meio de confecção de peças, ele começaria a fazer o que mais gosta: aprimorar coisas.
Assim, ao longo dos anos, a Xterra foi ganhando sua ‘monstrificação’. A suspensão ganhou buchas de suspensão Prothane, batentes de suspensão canadenses Timbrem de alto impacto e amortecedores Bilsten. Na traseira, o veículo recebeu um lift com jumelos maiores e os feixes de molas passaram de quatro para sete lâminas. Na dianteira, foi trocada a bandeja superior por uma da 4x4Parts e a barra de torção que agora é uma Sway A Way heavy duty.
Os diferenciais receberam, também, seus aperfeiçoamentos. Os dois receberam bloqueio ARB full lock com compressor de ar grande. O compressor ARB duplo adicional e o tanque de ar comprimido com 30 litros de capacidade garantem ainda o funcionamento da buzina e de uma saída de ar comprimido para encher pneu, soprador e ferramentas pneumáticas. O diferencial dianteiro foi deslocado com buchas da 4x4Parts, tendo recebido ainda roda-livre manual Warn e discos de freio de 300 mm da Pathfinder.
Com o uso dos pneus 33×10.5R15, foram necessárias alterações na relação e na direção. A caixa de transferência recebeu um kit de engrenagens de redução da 4x4Parts com relação 3,8:1, o dobro da original. Os braços de direção são reforçados e a barra de direção recebeu reforço extra e rolamentos. A instalação de amortecedor de direção Bilsten completa o pacote.
O motor MWM não passou em branco. A turbina foi adaptada do modelo da Mitsubishi 2.5 HPE. Os bicos injetores foram substituídos por outros com 75% a mais de vazão. Na bomba injetora, foi instalado um kit de Super LDA que aumenta o curso do LDA, o que proporciona redução da fumaça e aumento da força. Para ajudar a controlar a máquina, a Xterra possui instrumentos de medição da PLX Device digitais com pirômetro medidor de temperatura dos gases, Wide Band dos gases para medir a mistura estequiométrica e manômetro de pressão da Autometer.
Apesar de todas essas modificações, é o exterior do carro que chama a atenção. E não é para menos. Além da altura, conseguida com pneus, suspensão e bodylift de duas polegadas, a Xterra ganhou uma série de itens customizados. Um deles é o suporte de estepe na traseira. O próprio Trotta se encarregou de projetar e construir um novo para-choque traseiro com o grande suporte de estepe, hi-lift e ferramentas. O para-choque dianteiro foi substituído por um modelo da 4WD Brasil. O rockslider também é de fabricação própria, bem como o protetor de seta traseira e o excelente bagageiro com box lacrado, painel solar de 100w, iluminação lateral e barra de led de 648W. E não pára por aí. Ainda temos o snorkel, o defletor do vidro traseiro (adaptado da Pathfinder) e os dois guinchos: Ekron 1200 lbs com cabo de kevlar na dianteira e 8500 lbs na traseira.
Na parte interna e por baixo do veículo temos mais aperfeiçoamentos. A Xterra ganhou um tanque de alumínio de 93 litros de capacidade e uma série de proteções inferiores da Road Tech que protegem motor, caixa, reduzida, tanque e diferencial. O interior tem kit multimídia Android com chip e GPS, e redes de separação e de teto.
Claro que um projeto desse nunca acaba. Henrique Trotta confirma essa teoria e já adianta que logo chegarão novas relações de coroa e pinhão 5,13: 1 para os diferenciais e uma relação mais longa para a quinta marcha.
- Veja também: Calculadora de tamanho real de pneus
- Veja também: Glossário 4×4