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O Arrojado ou o Negligente?
O arrojo! Já vi muitos casos de gente que se viu em situações complicadas (e até constrangedoras) por causa dele. Agora eu pergunto: que tipo de off-roader é você?
Antes de responder essa questão, vamos entender o que é arrojo e o que é negligência: Arrojo pode ser considerado a “negligência que deu certo”, já a negligência, o “arrojo que deu errado”.
Entendendo isso, se você nunca se deu mal em uma manobra impensada ou em um momento em que você arriscou mais do que precisava, ou ainda em uma grande bobagem que você fez na trilha, você é um jipeiro arrojado. Se você já se ferrou em alguma bobagem que você fez na trilha, então você é um jipeiro negligente.
Nas matérias das edições anteriores falamos sobre o cinto, o que pode acontecer em capotamentos e até sobre a grande falha de beber e dirigir. Mesmo assim, certamente, mesmo alguns que leram as matérias, vão optar pela cervejinha na trilha, pelo não uso do cinto, e por não tomar cuidados simples para evitar lesões em caso de acidente. Isso é negligência.
Muitos de nós já ouvimos casos ou mesmo fomos ajudar algum “desavisado” que se enfiou em algum buraco sozinho, com seu ‘megablaster’ 4×4 original, equipado com pneus slick e uma gata aventureira ao lado, ou um grupo de amigos fanfarrões. E ao chegar por lá, a história é sempre a mesma: “poxa, me falaram que 4×4 sobe até parede e olha eu aqui, atolado e passando vergonha”.
Aos experientes jipeiros, aos que enfrentam sozinhos as trilhas, aos que só pensam em si e esquecem o tal “espírito jipeiro” ou ainda aos que contam com a “obrigatoriedade” dos colegas de trilha em ajudá-lo em caso de quebras, e não fazem a manutenção no jipe antes de se meter em aventuras off-road, cuidado! Todos estamos sujeitos a quebras, a tombos, a picadas de insetos e animais peçonhentos, ao frio, ao calor, à poeira e a qualquer intempérie que seu passeio, trilha ou expedição lhe impuser. Mas para evitar complicações oriundas desses fatos a prevenção é fundamental.
Não beba nas trilhas. Tenha consigo alimentos leves e que tenham uma boa durabilidade (‘sanduba’ de maionese caseira na trilha é de chutar as canelas) e água potável em abundância. E, acima de tudo, respeite a natureza.
Na caixa de ferramentas tenha tudo que você possa precisar para reparos rápidos se você estiver perto da “civilização”. Se você for um expedicionário tenha em mãos (ou na bagagem) ferramentas para grandes reparos e peças sobressalentes. É claro que ninguém vai levar um eixo ou uma t-case na mala, mas as principais peças de desgaste como rolamentos, mangueiras, correias, alternador, motor de arranque e estepe extra são bem desejáveis quando se está no meio do nada.
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Um kit de primeiros socorros também é de grande valia. Existem kits prontos para cada ocasião (passeios, trilhas, expedições), e podem ser bem simples a ponto de caber em uma mochila, para trilhas e passeios ou até mais completos, para o caso de expedições mais longas ou a lugares distantes e inóspitos.
Saber o que fazer em caso de emergência é também fundamental. Para tanto, um curso de primeiros socorros ajuda bastante, assim como noções de mecânica e de sobrevivência.
Conhecer o próprio corpo, seu carro, seus companheiros e saber com quem contar pode ajudar muito em uma situação de aperto. Então, lembre-se sempre das regras mais básicas de segurança off-road:
- saiba conduzir seu 4×4;
- nunca faça trilha sozinho;
- não beba se for dirigir;
- mantenha a manutenção do jipe em dia;
- tenha consigo ferramentas e equipamentos para reparos mecânicos e saiba como usá-los adequadamente;
- tenha conhecimentos de primeiros socorros;
- use sempre todos os equipamentos de segurança possíveis;
- evite situações de risco desnecessário.
A opção de ser o arrojado ou o negligente é de cada um. Mas, particularmente, no nosso caso, é preferível não ser nenhum dos dois.
Lembre-se sempre: segurança em primeiro lugar!
Por: Felipe Marx