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Grand Vitara 3D
dezembro 20, 2006

Suzuki Grand Vitara TD 2.0: Japonês Amansado

A versão a Diesel do SUV da Suzuki manteve a 4×4 com reduzida, porém perdeu um pouco da vocação off-road dos seus antecessores Vitara e Samurai

Quando o governo brasileiro autorizou a comercialização de veículos importados no País, no início da década de 90, os “jipinhos transados” da japonesa Suzuki logo caíram na graça do público. No começo, porém, Samurais e Vitaras eram vistos rodando apenas nas cidades, enchendo a bola daqueles que gostavam de desfilar um visual esportivo, com um toque de robustez e agressividade. Foi só na segunda metade dos anos 90, já com alguns anos de asfalto, que os dois modelos começaram a ser usados nas trilhas. De cara, enfrentaram uma forte desconfiança dos jipeiros tradicionais – acostumados à robustez dos Willys e Bandeirantes -, apesar das claras demonstrações de satisfação da parte daqueles que já haviam descoberto a verdadeira vocação dos “japinhas”. Era comum o uso de adjetivos pejorativos, como “jipinho da Barbie”, para se referir aos Suzukis, e foram necessários bons anos de lama e buraqueira para que eles conquistassem o merecido respeito.

Grand Vitara 3D

No final dos anos 90, quando os jipes Suzuki haviam arregimentado um enorme número de fãs também entre os praticantes do fora-de-estrada e já eram os veículos mais cobiçados e valorizados do seu segmento, a montadora, de um só “golpe”, retirou os dois de linha: o pequeno e espartano Samurai foi substituído pelo Jimny, que nunca “decolou”. O Vitara, um pouco mais luxuoso e confortável, sofreu um upgrade e se transformou em um utilitário esportivo de proporções maiores, motorização mais potente e uma respeitável gama de itens de conforto de série. Nascia o Grand Vitara.

Inicialmente, desembarcaram no Brasil apenas os modelos a gasolina – versões 1.6 16V, 2.0 16V e V6. Foi somente quando a GM (detentora de parte das ações da Suzuki) anunciou o lançamento por aqui do Tracker TD – que nada mais era que o Grand Vitara com a logo da Chevrolet na grade dianteira -, que a Suzuki resolveu lançar a versão a diesel do seu modelo.

O carro no qual andamos para trazer estas impressões aos nossos leitores foi um Grand Vitara 2.0 TD, ano 2002, modelo 2003. Logo no primeiro contato, nota-se que, além do DNA Suzuki, o modelo pouco tem a ver com o bom e velho jipe Vitara. Trata-se de um carro consideravelmente maior que seu antecessor, com design mais refinado e o ar de um legítimo SUV, modificações que, obviamente, refletem-se também no seu preço, bem mais elevado que o do modelo antigo, mesmo que guardadas as proporções entre os anos de fabricação. O interior passa a impressão de um confortável e seguro carro de família: bancos em couro com lugar para 5 ocupantes, ar condicionado, direção hidráulica, air-bag duplo, teto solar elétrico, CD player e diversos “porta-trecos” são alguns dos itens que tornam extremamente agradável a experiência de se estar a bordo do Grand Vitara TD.

Grand Vitara 3D

No asfalto, o utilitário passaria por um carro de passeio comum, não fossem o ruído diferenciado e a leve vibração provocados pelo motor a diesel, e a firmeza característica das suspensões deste tipo de veículo, que acaba transferindo aos ocupantes do habitáculo parte do impacto sofrido quando o carro passa por buracos e desníveis na pista. O motor Peugeot de 110 cv tem desempenho satisfatório nestas condições e, mesmo com o ar condicionado ligado, consegue empurrar os 1.510 kg do carro com segurança (ressalva apenas para as arrancadas em subidas, com o ar ligado, em que a resposta do motor é fraca e tende-se a forçar mais a embreagem).

As diferenças entre o Grand Vitara e o Vitara também saltam à vista quando passamos à análise da performance fora-de-estrada, porém, neste caso, o utilitário avaliado perde feio para o seu antecessor. Apesar de contar com um sistema de tração nas 4 rodas com redução, acionado por alavanca, que inspira confiança, o Grand Vitara é pesado, grande e alto, o que pode tornar complicada a sua condução em situações fora-de-estrada de dificuldade média para grande (atoleiros, erosões profundas, entre outros obstáculos). Também afetam negativamente o desempenho do carro os pneus originais, para uso misto, a suspensão de curso reduzido e os ângulos de entrada e de saída – respectivamente 34º e 31º -, bem típicos dos SUVs. Em outras palavras, não se deve esperar do Grand Vitara TD o desempenho de um verdadeiro jipe no fora-de-estrada, mas o de um carro capaz de transportar seus ocupantes com segurança e conforto durante o seu passeio por uma boa estrada de terra, até a cachoeira mais próxima. Com a transformação do Vitara em SUV, o Suzuki ganhou em conforto e perdeu em performance, mudando, definitivamente, de segmento de mercado.

Grand Vitara 3D

Ficha Técnica

Motor
Peugeot quatro cilindros em linha, turbo intercooler
Combustível: diesel
Cilindrada: 1.997 cm3
Potência: 110 cv (a 4.000 rpm)
Torque: 25,5 Kgfm (a 1.750 rpm)

Transmissão
Câmbio: manual de 5 marchas mais ré
Tração: 4×2 (traseira), 4×4 e 4×4 reduzida com acionamento por alavanca e roda-livre automática
Relação da caixa de transferência: 1,816 (reduzida)

Freios
A disco na dianteira e tambor na traseira com ABS nas quatro rodas

Suspensão
Dianteira independente com molas helicoidais e barra estabilizadora
Traseira eixo rígido com molas helicoidais e braços articulados

Pneus
Goodyear Wrangler 235/60 R16

Dimensões
Comprimento: 4.195 mm
Largura: 1.780 mm
Altura: 1.740 mm
Entre-eixos: 2.480 mm

Pesos e Capacidades
Peso :1.510 kg
Ângulo de entrada: 34º
Ângulo de saida: 31º
Vão livre: 195 mm
Tanque: 66 litros

Grand Vitara 3D

Por: Humberto Mainenti
Fotos: Adriano Rocha

 

 

 

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