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Candango
julho 15, 2010

Candango, o descendente alemão

Mesmo com poucas unidades montadas no Brasil, o Candango, descendente direto do alemão Munga, marcou a história do 4×4 no país

Na história do automobilismo não faltam exemplos de veículos militares que, de certa forma, nunca tiveram como alvo de atenção o seu design. A funcionalidade estava em primeiro plano e a aparência era só uma consequência. O DKW Candango é um exemplo claro disso.

A história do Candango começa na Alemanha, em 1954. Na ocasião, a Auto Union lançou o Munga, que significa ‘autoveículo fora-de-estrada com tração integral para uso geral’ (Mehrzweck Universal Gelandewagen mit Allradantrieb). Por lá, o jipe ganhou a concorrência para fornecer veículos para as forças armadas. Foram fabricadas 49.750 unidades até o fim da produção em 1968.

Candango

No Brasil, o veículo começou a ser montado em 1958, pela Vemag. Apesar de ter sido apresentado como Jipe DKW, logo precisou mudar de nome já que o nome Jeep e suas variações eram marcas registradas da Willys. Assim, em uma homenagem aos trabalhadores de Brasília, o 4×4 ganhou o nome de Candango.

Os primeiros modelos, que tinham apenas uma lanterna traseira, foram equipados com motor dois tempos, três cilindros, de 896 cm3 que gerava potência máxima de 38 cv (a 4.250 rpm). Logo o Candango passou a receber um propulsor de 1.000 cm3. Na verdade, era o mesmo motor, porém com três milímetros a mais de diâmetro no pistão. Com a mudança, a potência chegava a 50 cv a 4.240 rpm.

Além do motor dois tempos, o Candango trazia outras soluções diferenciadas.

A tração era permanente nas quatro rodas, mas o veículo não possuía diferencial central. Na terra era uma valentia, mas no asfalto quem precisava ser valente eram os diferenciais para aguentar o trabalho extra. A reduzida por sua vez, tinha a vantagem de poder ser engatada com o veículo em movimento. O acionamento era feito através de uma alavanca no painel.

Candango

A suspensão era o grande trunfo do Candango. Por ser independente nas quatro rodas, o jipe da DKW era bem mais estável e confortável que seu concorrente, o Jeep Willys. Mas pode-se dizer que o conforto praticamente acaba por aí, acrescentando apenas o fato de ter quatro portas. O Candango era equipado com capota de lona e janelas de plástico. O acesso ao habitáculo era um exercício devido à grande altura do solo (32 centímetros no centro do chassi) e à alta parede na carroceria abaixo das portas.

Em 1963 o Candango deixou de ser produzido. O fracasso nas vendas, tanto pelos altos preços dos componentes importados como pela não aceitação de fornecimento ao exército, levou ao fim de sua fabricação. Os números são divergentes, mas estima-se que entre 6.000 a 7.800 modelos foram produzidos no Brasil.

Candango

 

 

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