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Bandeirante por Luiz Cláudio Tesch

Bastou dar uma volta no jipe para ter a certeza de que seria seu próximo carro. O empresário Luiz Cláudio Tesch comprou sua Bandeirante e afirma que não há jipe melhor 

Eles são um grupo de amigos que vivem fazendo trilhas em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, cada um com seu possante. Luiz Cláudio, 50, mecânico de automóveis e dono de oficina 4×4, se aventurava com seu baja, que ele mesmo preparou, mas pensava em comprar um jipe. Um dos amigos comprou uma Toyota Bandeirante, levou Luiz para uma volta e o empresário não resistiu: “Conhecia um pouco do carro, mas depois que vi o desempenho dela na trilha me apaixonei! Levei três meses para achar uma boa. Pesquisei bastante e encontrei a minha no Rio de Janeiro”. O jipe de Luiz é de 1989, tem três portas, motor 3.8 Mercedes-Benz 608 OM 314 dee 94 cavalos de potência a 2.800 rpm. 

Logo que pegou o carro, o jipeiro fluminense, como bom mecânico, foi fazer a revisão no carro e para sua surpresa houve poucas manutenções. Segundo Luiz, o que realmente necessitava de cuidados detalhados era o motor. Ele fez a limpeza dos bicos e mexeu na bomba injetora, o que fez muita diferença no desempenho da Bandeirante: “O carro já era robusto, mas quando fiz essas alterações ficou ainda mais forte”, confirma. Além disso, Luiz Cláudio trocou o tanque de combustível por um novo, colocou pneus mistos, um guincho de 16 mil libras, freio a disco original nas rodas dianteiras e substituiu o radiador. A princípio o jipeiro preferiu não colocar bloqueio de diferencial, pois o carro ainda está atendendo às suas necessidades. 

Carro pronto é hora de ir pra trilha! Luiz sempre faz raid com sua turma de amigos e usa o carro no dia a dia. Com um ano e oito meses de relacionamento com a sua Bandeirante, o mecânico rodou pouco mais de 11 mil quilômetros. Os caminhos pela terra mais famosos por onde passou com sua Toyota foram as trilhas da Serra da Bocaina, Miguel Pereira e Ibitipoca. Ao final de cada passeio, Luiz Cláudio pára o jipe na oficina, faz uma revisão e confirma que o carro nunca o deixou “na mão”. 

Quando comenta sobre o conforto do carro, o jipeiro aprova o espaço interno e bancos de sua Bandeirante. Antes de substituir os bancos dianteiros por dois de um Ford Ka, sua Toyota tinha um banco inteiriço. De acordo com Luiz, que tem quase dois metros de altura, o carro é espaçoso para ele.

“Uma vez viajei com mais quatro pessoas no carro e fomos confortavelmente. Ainda tinha espaço no porta-malas!”, conta. 

A cada manutenção rotineira, o empresário diz substituir peças básicas, de desgaste normal. Na hora das compras, Luiz Cláudio afirma não ter dificuldades em encontrar peças e o preço sai em conta: “Até hoje encontrei todas as peças que precisei com facilidade. Aqui em Petrópolis não acho muita coisa. A saída é comprar em Friburgo, em uma loja especializada em peças de carros 4×4. Os itens da Bandeirante são mais em conta que os dos demais jipes. Alguns materiais plásticos são mais baratos ainda! Para se ter ideia, até hoje a peça mais cara que gastei nesse carro foi o radiador, que custou R$600,00”. Em relação à mão-de-obra, o especialista afirma que “para mexer nesse carro a hora fica em torno de R$ 80,00 e o trabalho não chega a ser pesado”. 

Quando comenta sobre o desempenho do motor, os elogios do mecânico continuam sobre o jipe. Luiz afirma que a velocidade máxima que faz no carro é de 100km/h e que isso para ele é o suficiente. A robustez nas trilhas também é um ponto positivo: “A Bandeirante tem um motor de um caminhão de quatro toneladas e a reduzida dela parece a de um trator! A única coisa que falta é o bloqueio do diferencial. Às vezes, pelo seu peso, agarro em alguma vala, mas nada que uma acelerada já não tire o carro do lugar. É um jipe muito estável nas trilhas e no asfalto”. Em relação ao consumo de diesel, a Toyota do empresário faz 12km/l na estrada, 8km/l na cidade e 7km/l nas trilhas. 

Pontos positivos 

• Força do motor
• Espaço interno
• Direção hidráulica (de fábrica) 

Pontos negativos 

• Freio de mão (não segura bem) 

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