• (15)
  • (51)
  • (28)
  • (10)
  • (25)
  • (6)
  • (50)
  • (19)
  • (53)
  • (69)
  • (122)
  • (22)
  • (31)
  • (28)
  • (29)
  • (7)
  • (18)
  • (36)
  • (20)

Anuncie também

Anuncie gratiutamente na mais completa seção de classificados off road da web brasileira

Coroa e Pinhão
outubro 29, 2017

Coroa e Pinhão: ditando o passo

Você sabe o que é e como funciona a relação de diferencial? Veja nesta matéria as explicações para você deixar seu jipe sempre com o desempenho correto, mesmo se estiver usando ‘aqueles’ pneus enormes!

Para toda velocidade é necessária certa quantia de potência do motor, que é definido pela resistência do arrasto aerodinâmico do carro e do atrito com o solo. Em termos off-road contamos também com a resistência ou os desníveis do terreno. O que define o desempenho do Jeep em off-road, além da potência do motor é, principalmente, a relação do diferencial do jipe. Por exemplo: um diferencial com uma relação “longa”, em trilha, muitas vezes requer mais potência e torque para locomover o veículo do que outro com uma relação “curta”. Por outro lado, em deslocamentos em rodovias, um jipe com uma relação mais longa roda mais e com o motor em baixo giro, enquanto outro com relação curta precisa manter o motor em alto giro para manter a mesma velocidade. Qual então é a relação certa? Sempre vai depender do uso que você vai dar ao seu carro. Um jipe que desenvolve mais ou um que ‘sobe em coqueiro’.

Coroa e Pinhão

As expressões ‘relação curta’ e ‘longa’ se referem às relações de transmissão dos diferenciais. Uma relação de transmissão alta, que transforma muita rotação em poucas é chamada de ‘curta’ é dá ao carro mais força nas arrancadas e subidas. Já uma relação baixa, é chamada de longa e deixa o carro mais ‘fraco’, mas com desenvolvimento de velocidade final maior.

Para exemplificar, vamos citar o diferencial Dana 44 do Jeep Willys. Uma das relações mais comuns é a relação 43:8, que significa que a coroa tem 43 dentes e o pinhão 8. A relação desta combinação também é expressa pela divisão matemática de 43/8 – número de dentes da coroa dividido pelo número de dentes do pinhão – o que neste caso é 5.375. Podemos dizer com este número que o pinhão tem que girar 5,375 vezes para que a coroa complete uma volta. Como o valor 5,38 é alto, esta relação é chamada de ‘curta’. Uma das relações do diferencial da F-1000 é a 46:13 que resulta em uma relação de transmissão de 3,54, uma relação longa.

 

Loja Planeta Off-Road

 

No caso do diferencial Dana 44, existem no Brasil oito relações de transmissão diferentes que equipam de jipes a F-1000. A razão de tantas relações diferentes está na necessidade das montadoras em adequar uma relação específica para cada veículo. Isto acaba possibilitando também a mudança da relação do diferencial original. Mas porque alterar a relação do jipe?

Coroa e Pinhão

Atualmente, são poucos os jipes que rodam com os pneus originais e a maioria dos ‘jipeiros’ opta por usar pneus maiores. O que acontece é que se altera a relação de transmissão desde o cardã até o solo. A relação diferencial não mudou, mas mesmo assim a relação total ficou mais longa. Isto se deve ao fato do perímetro do pneu ser maior. Trocando em miúdos, com a mesma quantidade de voltas do cardã, o Jeep andou um espaço maior. O desempenho do veículo cai em virtude da necessidade de maior torque. Quanto maior o pneu, maior será a queda. Com certeza, quando se troca um pneu original de um Willys (6.00 x 16), por exemplo, por um pneu 35×12,5 esta queda vai se tornar preocupante. O Jeep simplesmente não tem mais força para arrancar em terreno acidentado, sendo necessário o uso da reduzida. E está aí a solução: é preciso reduzir mais a relação coroa – pinhão para conseguir reduzir a relação de transmissão final. Quem usa a relação 44:9 pode experimentar a relação 43:8 ou 53:9.

Existe ainda outra possibilidade em que a mudança da relação é necessária: substituição do motor. É comum a troca de motores originais por modelos mais potentes e neste caso, quando o novo conjunto motor / caixa fica muito reduzido é indicada a mudança na relação do diferencial. Vale lembrar também, que estas duas modificações – motor mais potente e pneus maiores -, muito comum quando o assunto é adaptações, pode não comprometer a relação final do carro, já que o novo motor deixa o carro mais reduzido, mas o pneu maior compensa a diferença, deixando a relação próxima à original.

Coroa e Pinhão

 

 

 

Comentários