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Jeep Cherokee
Janeiro 24, 2011

Um 4×4 merecedor do sobrenome Jeep

Ágil, robusto e “sem frescuras”, o Cherokee Sport foi uma resposta da Jeep, na medida, para aqueles que acusavam a mais tradicional fabricante de 4×4 do mundo de estar se rendendo ao luxo dos SUVs 

Vendo de longe, esse Cherokee Sport modelo 1998 é apenas mais um SUV. Quando nos aproximamos, algumas perguntas começam a surgir – e é justamente nas respostas a elas que residem alguns dos grandes diferenciais desse 4×4: e esse visual quadradão? Ele é pequenininho assim mesmo?… 

Esse modelo da linha Jeep surgiu no mercado brasileiro em um momento em que tanto seus irmãos mais luxuosos – os imponentes Grand Cherokee -, quanto os SUVs da concorrência, ganhavam linhas cada vez mais arredondadas e eram equipados com uma parafernália tecnológica cada vez maior, o que fazia com que, aos poucos, perdessem as características de 4×4 puros e ganhassem a atenção de um número crescente de usuários interessados em veículos de uso misto. Não deixou de ser uma resposta da montadora àqueles que a acusavam de estar “perdendo a forma”. 

Cherokee

A primeira coisa que chama a atenção no carro é, obviamente, o seu design quadradão. É como se, logo de cara, já mandasse o recado: “aqui não tem frescura”! Os cortes retos, aliados à lendária grade frontal de sete vãos paralelos, não deixam dúvida de que se trata de um legítimo Jeep. Outra coisa que chama logo a atenção, ainda antes de entrarmos no carro: a altura. O Cherokee Sport é um carro baixo, bem mais baixo que outros SUVs de sua geração e seus potenciais concorrentes, como o Mitsubishi Pajero, o Land Rover Discovery, entre outros. 

Loja Planeta Off-Road

Mas é quando andamos no Cherokee Sport que começamos a entender essas diferenças. E a primeira coisa que notamos são as implicações da baixa estatura do carro. Se, por um lado, ela prejudica o conforto dos ocupantes – uma vez que é obtida não pela diminuição da distância livre do solo, mas da distância entre o assoalho e o teto -, por outro, representa significativo ganho de estabilidade, tanto na condução no asfalto, quanto na terra / trilha, uma vez que torna mais baixo o centro de gravidade do veículo. 

A sensação, dentro do habitáculo do Cherokee Sport, é a de estarmos em um carro de passeio relativamente luxuoso. O carro não oferece todo aquele espaço normalmente visto em um SUV, mas seus itens de conforto e conveniência garantem que qualquer viagem em seu interior seja algo bem distante do que poderíamos considerar desconfortável. Apesar da concepção “rude”, esse Jeep dispõe de vários porta-trecos e consoles, encostos de cabeça dianteiros e traseiros, direção hidráulica, ar-condicionado, equipamento de som (ainda era toca-fitas), entre outros luxos. O bagageiro, com seus 965 litros de capacidade, é um ponto positivo. O modelo que avaliamos tem, inclusive, bancos em couro. 

Cherokee

Uma vez no meio do mato, o Cherokee Sport mostra sua real vocação. O veículo avaliado é praticamente original. Alterados apenas os pneus, substituídos por modelos de uso misto (AT 235/75 R 15),  e a suspensão, que ganhou calços de poliuretano na dianteira e sofreu leve arqueamento nos feixes de mola traseiros. O nosso “fora de linha” ultrapassou com louvor todos os obstáculos a que o submetemos. O curso da suspensão mostrou-se bastante satisfatório quando exigido em seu limite (obviamente, levando-se em conta as dimensões e a finalidade do carro) e o motor – um 4.0 de 6 cilindros em linha -, apesar de seus quase 13 anos de uso e 103.800 quilômetros rodados, ainda sobra para as quase duas toneladas sob sua responsabilidade e, aliado ao câmbio manual de 5 marchas, faz com que vencer subidas íngrimes e barrancos a bordo desse Cherokee Sport seja pura diversão. Quando necessário acionar a tração nas quatro rodas e a redução, o sistema de engate é manual, preciso e confiável, por meio de uma alavanca, posicionada junto ao console central. 

Cherokee

Ao falarmos em consumo, obviamente não podemos esperar economia de um carro com as características listadas acima. O veículo avaliado apresenta uma performance considerada “na média” para modelos desse tipo. Segundo o seu atual e único proprietário, Aierson Faria Jr., seu Cherokee Sport faz 5 km/l na cidade, 6 km/l na trilha e, “maneirando o pé”, chega a fazer 8 km/l na estrada. 

Se você é daqueles que gosta de curtir sua trilha com conforto, mas sem abrir mão da robustez e da performance, aí está uma excelente opção de 4×4. Um Cherokee Sport como esse que você vê aí nas fotos, ano 98, tem preço médio, apontado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), de R$ 22.685,00. Uma excelente relação custo x benefício, principalmente se levarmos em conta não apenas o que o carro já oferece em sua configuração original, mas também as possibilidades de preparação que ele aceita. Mas isso já é assunto para outra matéria… 

Cherokee

Ficha Técnica 

Motor
SOHC, dianteiro, longitudinal, gasolina, 6 cilindros em linha com injeção eletrônica sequencial multiponto.
Cilindrada: 3.960 cm3
Potência: 178 cv a 4.400 rpm
Torque: 30,7 Kgfm a 3.000 rpm
Taxa de compressão: 8.75:1
Diâmetro x Curso: 98,4 mm x 86,7 mm 

Transmissão
Câmbio: manual, cinco marchas à frente e ré
Tração: 4×2 (traseira), 4×4 e 4×4 reduzida com caixa de transferência Selec Trac.
Relação das marchas
  1ª marcha: 3,83
  2ª marcha: 2,33
  3ª marcha: 1,44
  4ª marcha: 1
  5ª marcha: 0,79
  Ré: 4,22
Redução do diferencial: 3,07 

Suspensão 
Dianteira: eixo rígido com molas helicoidais, barra estabilizadora e amortecedores a gás.
Traseira: eixo rígido com feixe de molas, barra estabilizadora e amortecedores a gás. 

Direção
Hidráulica 

Freios 
Dianteiro: a disco ventilado
Traseiro: a tambor 

Dimensões e Capacidades
Comprimento: 4.254 mm
Largura: 1.724 mm
Altura: 1.626 mm
Entre-eixos: 2.576 mm
Bitola dianteira: 1.473 mm
Bitola traseira: 1.473 mm
Peso: 1.430 kg
Tanque de combustível: 76 litros
Porta-malas: 964 litros
Ângulo de entrada: 38º
Ângulo de saída: 32º
Diâmetro de giro: 10,94 m
Velocidade máxima: 180 km/h 

Cherokee

 

 

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